Presidente chinês promete aumentar importações em "larga escala"
"A China reduzirá ainda mais as suas taxas alfandegárias", afirmou Xi no discurso inaugural do Segundo Fórum "Uma Faixa, Uma Rota", que decorre em Pequim e que conta com a participação do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.
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Numa altura de crescentes fricções comerciais com Washington, Xi Jinping afirmou que o país vai "abrir continuamente" o seu mercado e receber produtos com qualidade de todo o mundo.
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"A China está disposta a importar mais produtos agrícolas, bens acabados e serviços competitivos", afirmou.
A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o início de uma guerra comercial, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.
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Para além de exigir uma balança comercial mais equilibrada, Trump quer que a China ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas, à medida que a liderança chinesa tenta transformar as firmas do país em importantes atores em atividades de alto valor agregado, como inteligência artificial ou robótica, ameaçando o domínio norte-americano nestas áreas.
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Também Bruxelas reclama maior reciprocidade, depois de firmas chinesas terem comprado, nos últimos anos, empresas e ativos estratégicos em toda a Europa.
Pequim tem insistido no potencial do seu mercado para dissuadir as críticas, mas grupos empresariais estrangeiros dizem que o país asiático está a ampliar as suas importações, visando atender à procura dos consumidores e fabricantes domésticos, enquanto bloqueia o acesso a vários setores.
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Lisboa tem também reclamado uma balança comercial mais equilibrada.
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Em 2018, Portugal exportou para a China produtos no valor de 1,95 mil milhões de euros e importou bens no valor de 3,3 mil milhões de euros, fixando o saldo comercial negativo em mais de 1,5 mil milhões de euros.
Marcelo Rebelo de Sousa vai participar no segundo Fórum "Uma Faixa, Uma Rota" entre hoje e 27 de abril, e realizar uma visita de Estado, na segunda-feira. No mesmo dia, segue para Xangai, a "capital" económica do país. A visita termina a 1 de maio, em Macau.
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