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Durão Barroso: "Não queremos um conflito direto da NATO com a Rússia"

Antigo presidente da Comissão Europeia mostra-se contra uma escalada do conflito e concorda com a atual estratégia da UE. Durão foi distinguido em Espanha nos prémios Merca2.

11 de Novembro de 2022 às 16:45

José Manuel Durão Barroso é contra uma escalada do conflito na Ucrânia e aplaude a estratégia que está a ser seguida pela União Europeia (UE). "A política que está definida é a correta. Não queremos um conflito direto da NATO com a Rússia, isso seria irresponsável", afirmou o antigo presidente da Comissão Europeia esta quinta-feira em Madrid, na cerimónia de entrega dos prémios Merca2.

O também "chairman" do Goldman Sachs, que recebeu o prémio internacional da Fundación Marques de Oliva, frisou que "devemos ter uma solução de paz", ainda que reconhecendo que "há uma agressão clara da Rússia contra a Ucrânia".

"Estamos a apoiar economicamente [a Ucrânia], em termos de inteligência, em termos políticos e diplomáticos e também com material militar", detalhou o antigo governante, adiantando que deve ser esse o caminho.

Durão Barroso afirmou ainda que a invasão da Rússia veio reforçar a ideia de cooperação no Velho Continente, já que "a generalidade dos europeus e os líderes europeus entenderam que há agressões externas e que somos mais fortes se estivermos juntos".

"Não estou a dizer que a cooperação seja perfeita na Europa, e há por vezes uma voz ou outra um pouco dissonantes, mas em geral a verdade é que a União Europeia aprovou uma sistema de sanções muitas duras à Rússia, tomou decisões em matéria de energia e de apoio diplomático à Ucrânia", sublinhou.

Nesse sentido, adiantou Barroso, "podemos dizer que este conflito está a reforçar a ideia de União Europeia". "Os nossos países sozinhos, mesmo os mais importantes do ponto de vista demográfico e económico, não têm escala para competir com as grandes potenciais globais", concluiu.

O atual "chairman" do Goldman Sachs foi premiado pelo seu trabalho em prol das relações transatlânticas e destacou que "há uma boa relação entre a Administração norte-americana e a UE". "Esta Administração americana entendeu que é importante para os EUA terem parceiros com quem possam trabalhar e na Europa há hoje também a intenção de fazê-lo. Finlândia e Suécia decidiram ser membros da NATO e isso mostra que os laços transatlânticos são cada vez mais importante", acrescentou na cerimónia.

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