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México: as tarifas, os migrantes, o milho e os cortes da Moody’s e da Fitch

Representantes governamentais do México reuniram-se esta quarta-feira com as suas contrapartes, em Washington, para debaterem um possível acordo comercial.

Mexico EUA estados unidos fronteira muro
Mexico EUA estados unidos fronteira muro D.R.
05 de Junho de 2019 às 23:27

O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou hoje que está convicto de que o México quer chegar a acordo com os EUA relativamente à disputa sobre a entrada de imigrantes mexicanos nos Estados Unidos. Mas acrescentou que avançará com as anunciadas tarifas alfandegárias já na próxima segunda-feira se não houver um acordo que traga maior controlo à migração.

Foi na semana passada que o chefe da Casa Branca ameaçou reforçar as tarifas alfandegárias sobre os produtos oriundos do México. A mais recente medida de Trump, que se auto-intitula Tariff Man (O Homem das Tarifas), visa impor 5% de tarifas aduaneiras sobre todos os produtos oriundos México a partir de 10 de junho. E ameaçou elevá-las para 25% até outubro, a menos que aquele país consiga impedir que a "imigração ilegal" para os EUA.

Com esta ameça no horizonte, os representantes governamentais do México reuniram-se esta quarta-feira com as suas contrapartes, em Washington, para debaterem um possível acordo comercial. Mas ainda nada foi anunciado.

O que se sabe, através de fontes que vão dando informações à Reuters, à Bloomberg e a outros meios, é que numa possível lista retaliatória do México o milho norte-americano é poupado.

Os EUA continuam a pressionar o México para manter os requerentes de asilo do seu lado da fronteira. Já o México quer que os Estados Unidos redirecionem o seu financiamento destinado à segurança, aplicando-o no impulso do crescimento económico na região fronteiriça México-Guatemala para se tentar assim travar o fluxo de migrantes.

Enquanto as conversações duram, e sem qualquer indicação de que os EUA não avançarão com as tarifas aduaneiras na próxima segunda-feira, as agências de rating já começaram a posicionar-se.

A Moody’s anunciou uma revisão em baixa do "outlook" para a dívida soberana do México, ao passo que a Fitch se decidiu mesmo por um corte na notação financeira do país, de BBB+ para BBB, ficando assim no penúltimo nível da categoria de investimento de qualidade.

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