Os EUA deverão anunciar esta quinta-feira um acordo comercial com o Reino Unido. A confirmar-se, será o primeiro acordo fechado com um país desde que Donald Trump anunciou as chamadas tarifas recíprocas.

O próprio Presidente norte-americano começou por indicar que um acordo estava na calha, mas sem revelar o país. Numa publicação na rede social Truth Social, Trump escreveu que seria organizada uma conferência de imprensa na Sala Oval para discutir "um grande acordo comercial com representantes de um grande país, altamente respeitado". 

O Financial Times e a Bloomberg avançaram, com base em fontes próximas do assunto, que o país em causa será o Reino Unido. Não se conhecem detalhes sobre o acordo, mas um dirigente britânico confirmou que o desenho do acordo será revelado esta quinta-feira.

Mais tarde, o líder norte-americano veio confirmar que o Reino Unido é, efetivamente, o país com quem os EUA estão a finalizar um acordo, que será "completo e abrangente"."O acordo com o Reino Unido é completo e abrangente e irá cimentar a relação entre os Estados Unidos e o Reino Unido por vários anos", escreveu na Truth Social. Trump disse ainda que "muitos outros acordos" se seguirão, encontrando-se em fases avançadas de negociação.

Este acordo comercial será, então, o primeiro de uma lista de 17 que o Presidente norte-americano quer fechar. Estes acordos estão a ser acompanhados de perto pelos mercados que têm sido marcados pela volatilidade desde o anúncio das tarifas recíprocas, a 2 de abril. A expectativa é que a guerra comercial abrande, até porque também o maior conflito - com a China - pode estar prestes a baixar de tom.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante para o Comércio, vão encontrar-se na Suíça com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, que tem a pasta dos assuntos comerciais com os EUA - é o primeiro encontro oficial entre os dois países. No entanto, Donald Trump já disse que não está disposto a baixar antecipadamente as tarifas sobre a China para desbloquear negociações mais substantivas com Pequim sobre o comércio.