Trump: "Se o Irão quiser luta, vai ser o fim oficial do Irão"
A tensão entre Washington e Teerão voltou a agravar-se este domingo, com Trump a recorrer ao Twitter para ameaçar o Irão.
O presidente dos Estados Unidos voltou hoje a ameaçar o Irão, elevando as preocupações sobre um potencial conflito entre os dois países.
Foi mais ao Twitter que Donald Trump recorreu para passar a sua mensagem.
"Se o Irão quiser lutar, vai ser o fim oficial do Irão. Nunca mais voltem a ameaçar os Estados Unidos", escreveu o presidente dos EUA na sua conta na rede social.
If Iran wants to fight, that will be the official end of Iran. Never threaten the United States again!
Este tweet de Trump é até agora o mais agressivo na escalada de declarações dos dois lados sobre as relações entre os dois países. E surgem em sentido inverso às declarações de responsáveis norte-americanos, que têm nos últimos dias descartado o cenário de guerra com o Irão.
Alguns jornais internacionais dão conta que o tom mais agressivo de Trump poderá estar relacionado com ataques do Irão a militares norte-americanos na região do Medio Oriente, possivelmente no Iraque.
Este domingo o líder dos Guardiães da Revolução, Hossein Salami, também falou sobre as relações entre o Irão e os EUA. "Não procuramos a guerra nem a tememos. É a diferença em relação a eles [Estados Unidos], que têm medo da guerra", afirmou num discurso durante uma cerimónia militar, que foi difundido pela televisão estatal iraniana.
Salami avisou que, quando a ameaça é remota, as forças iranianas apenas planeiam uma resposta estratégica, mas que, quando a ameaça se aproxima, também entram em ação "em termos operativos".
Os Estados Unidos decidiram enviar para o Golfo Pérsico um navio de assalto anfíbio, um porta-aviões e caças-bombardeiros e designaram em abril os Guardiães da Revolução, uma força militar de elite, como grupo terrorista.
A tensão aumentou na última semana após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e os ataques com 'drones' a um oleoduto saudita, com Riade a acusar o Irão de ter ordenado esta ação contra os rebeldes Huthis do Iémen.
Além da presença militar, os Estados Unidos têm agravado as sanções económicas ao Irão.
O ministro de Estado para os Assuntos Estrangeiros saudita, Adel al Yubeir, assegurou hoje que a Arábia Saudita não quer começar uma guerra com o Irão, mas responderá "com firmeza" a qualquer ameaça do país. "As mãos da Arábia Saudita estendem-se para a paz que procuramos alcançar, enquanto o regime iraniano não procura a paz na região", afirmou Al Yubeir, citado pela Efe.
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