Banco de Inglaterra vai cortar juros para travar efeito Brexit
"As perspectivas deterioraram-se pelo que será necessário adoptar mais medidas de estímulo monetário ao longo do Verão", afirmou o Governador do Banco de Inglaterra (BoE), ressalvando que esta é a sua perspectiva e não a de todos os membros do banco central.
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Uma primeira análise do comité de política monetária do banco central ao impacto do Brexit será divulgada depois da reunião de 14 de Julho. Só na reunião de 4 de Agosto será divulgada uma análise completa, que servirá de base para o banco central adoptar as necessárias medidas de estímulo à economia. Os analistas esperam que seja essa a data escolhida para anunciar um conjunto de medidas.
"Em Agosto vamos também discutir o conjunto de instrumentos que temos ao nosso dispor" para estimular a economia, afirmou o governador. Antes do referendo Mark Carney já tinha alertado que seria muito provável a economia britânica entrar em recessão em caso de Brexit.
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Carney assegurou que o BoE não vai hesitar na altura de tomar medidas para proteger a economia britânica e o sistema financeiro.
Os analistas estimam que o BoE vai cortar a taxa de juro, que está num mínimo histórico de 0,5% desde Março de 2009. E reforçar o programa de compra de activos, através do qual já injectou 375 mil milhões de libras na economia.
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No segundo discurso televisivo que faz aos britânicos desde o referendo de 23 de Junho, Carney assinalou que o Reino Unido tem de adoptar uma "estratégia abrangente" para se relacionar com a União Europeia e o resto do mundo.
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