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Fed aponta para mais duas subidas de 50 pontos nos juros em junho e julho

Maioria dos responsáveis do banco central dos EUA está de acordo com subidas de 50 pontos base nos juros diretores, nas duas próximas reuniões de política monetária.

Reuters
25 de Maio de 2022 às 19:29

A maioria dos responsáveis da Fed apoia a continuação da subida dos juros diretores, apontando para um aumento na ordem dos 50 pontos base nas duas próximas reuniões de política monetária.

Depois de, em março, ter iniciado o ciclo de aumento dos juros com uma subida de 25 pontos base, a Reserva Federal norte-americana elevou a taxa diretora em 50 pontos base na reunião de 3 e 4 de maio e as atas agora divulgadas vão ao encontro daquilo que o presidente da Fed tinha dito na conferência de imprensa.

Jerome Powell afirmou, a 4 de maio, que estava em cima da mesa mais uma subida de 50 pontos base na reunião seguinte do banco central – e mais tarde aludiu aos dois próximos encontros.

O presidente do banco central disse, no entanto, que um aumento de 75 pontos base não era algo que estivesse a ser ponderado.

Desde o estoiro da bolha das dot.com – ou seja, há 22 anos – que a Reserva Federal norte-americana não procedia a um aumento de 50 pontos da sua taxa diretora e agora deverá fazê-lo em três reuniões seguidas.

A Reserva Federal tem mais cinco reuniões de política monetária agendadas para este ano – junho, julho, setembro, novembro e dezembro – e Powell tem vindo a dizer que poderá haver um aumento dos juros diretores em todas elas, se isso se revelar necessário no combate à elevada inflação no país, que está em máximos de 40 anos.

Mas ao mesmo tempo que os decisores da Reserva Federal veem potencial para a taxa diretora subir o suficiente para "arrefecer" a economia, há nas atas da última reunião algumas pistas sobre uma possível pausa neste ciclo de subida dos juros, caso as coisas "corram bem": um endurecimento "expedito" da política monetária poderá deixar a Fed "bem posicionada para, em finais deste ano, avaliar os efeitos da firmeza das suas medidas e analisar até que ponto os desenvolvimentos económicos justificam ajustes nessa política".

Os membros da Fed continuaram a debater a inflação, revelando a sua preocupação perante as dificuldades que as subidas de preços estão a provocar nos americanos. Alguns deles sublinharam mesmo que os preços altos estão a prejudicar as vendas de algumas empresas, pelo que os riscos de contração foram um dos temas abordados na reunião.

Houve também quem apontasse vulnerabilidades nos mercados das obrigações e das matérias-primas. Dois dos membros do banco central salientaram que a negociação e as práticas de gestão de risco de alguns intervenientes-chave nos mercados de "commodities" não eram totalmente visíveis para as autoridades reguladoras, o que poderá levar a "significativos pedidos de liquidez aos bancos, corretoras e seus clientes".

(notícia atualizada às 19:33)

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