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Fed mantém juros diretores e antecipa mais uma subida ainda este ano

O banco central dos EUA decidiu-se pelo "status quo" e a taxa diretora mantém-se entre 5,25% e 5,5%. Pela positiva, a Fed reviu em forte alta a previsão de crescimento económico para este ano, apontando para uma expansão de 2,1%, mais do dobro do que os 1% esperados em junho.

Powell
Powell Kevin Lamarque/Reuters
20 de Setembro de 2023 às 19:01

A Reserva Federal (Fed) norte-americana manteve os juros diretores inalterados, que continuam assim no intervalo entre 5,25% e 5,5% - que são máximos de 22 anos -, mas sinalizou mais uma subida ainda este ano.

Em julho, a taxa dos fundos federais passou para o atual intervalo, após a autoridade monetária liderada por Jerome Powell se ter decidido por um aumento de 25 pontos base – isto depois de, na reunião de junho, ter feito uma pausa no ciclo de subidas dos juros diretores.

Agora, apesar de a economia norte-americana estar a revelar resiliência – mostrando que resiste ao embate da subida dos juros e levando a que o banco central possa manter a política monetária restritiva –, as pressões inflacionistas voltaram a estar na ordem do dia, muito à conta do aumento dos preços do petróleo. Ainda assim, a Fed decidiu-se pelo "status quo" nesta reunião, mas irá elevar mais os juros este ano, já que o "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores - coloca a taxa diretora entre 5,4% e 5,6% no final de 2023.

Os 19 responsáveis do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) estiveram divididos em relação ao rumo futuro dos juros: 12 anteciparam mais um aumento este ano, ao passo que 7 consideram que se manterá nos atuais níveis.

Para 2024, a Fed aponta para que as taxas se situem entre 4,6% e 5,4% - que dá uma mediana de 5,1% - quando em junho a mediana era de 4,6% no próximo ano. E mesmo para 2025 a mediana foi também revista em alta, de 3,4% para 3,9%.

A Fed realiza mais duas reuniões este ano, entre 31 de outubro e 1 de novembro e depois entre 13 e 14 de dezembro.

Fed estima dobro do crescimento dos EUA este ano mas vê inflação persistente

A economia dos Estados Unidos deverá crescer 2,1% este ano, mais do dobro do que os 1% estimados em junho, revelou esta quarta-feira a Reserva Federal (Fed) norte-americana. Já no que toca à inflação, contudo, a instituição liderada por Jerome Powell mostra-se mais pessimista.

Nas previsões económicas hoje divulgadas, a Fed aponta para que a inflação medida pelas despesas de consumo dos particulares (PCE, na sigla em inglês) se situe nos 3,3%, quando em junho a estimativa era de 3,2%. Já a inflação subjacente (PCE core) é agora projetada nos 3,7%, face aos 3,9% de junho. No entanto, o processo de desinflação deverá ser longo, com o índice PCE a ficar nos 2,5% no próximo ano e nos 2,2% em 2025. Apenas em 2026 é que será atingida a meta dos 2%.

As novas previsões afastam o risco de uma recessão na maior economia mundial, com o PIB a crescer 2,1% este ano, abrandando para 1,5% no próximo ano antes de acelerar para 1,8% em 2025.

Quanto ao mercado laboral, a Fed aponta para que a taxa de desemprego este ano se cifre em 3,8% - menos três décimas do que o estimado em junho -, estabilizando nos 4,1% em 2024 e 2025 (em junho era esperado que a taxa de desemprego fosse de 4,5% nestes dois anos).

(Notícia atualizada às 19:24)

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