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Powell: "Estamos preparados para subir mais os juros se apropriado"

O presidente da Fed garantiu que o banco central está disposto a manter as taxas de juro em níveis suficientemente restritivos até que existam sinais de que a inflação está a descer de forma sustentável. Decisões, contudo, serão tomadas "com base nos dados económicos".

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powell Elizabeth Frantz/Reuters
20 de Setembro de 2023 às 19:47

As taxas de fundos federais estão nos níveis mais altos em 22 anos e a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos está preparada para as manter assim enquanto for necessário ou até subi-las. A mensagem foi transmitida esta quarta-feira pelo presidente Jerome Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária de dois dias.

"Estamos preparados para subir mais os juros se apropriado, e planeamos manter a política monetária em níveis restritivos até estarmos confiantes de que a inflação está a descer de forma sustentável para o nosso objetivo", afirmou. Assumiu, contudo, que acredita que a Fed "está muito perto do nível em que precisa de estar". 

Jerome Powell reforçou o compromisso do banco central em baixar a inflação para a meta dos 2%, garantindo que há ainda "um longo caminho pela frente" e ressalvou que apesar de a autoridade monetária ter optado por manter os juros inalterados na reunião deste mês isso não significa que considera que as taxas estão já em níveis suficientemente restritivos. 

"Queremos ver evidências realmente convincentes de que atingimos o nível apropriado", acrescentou. 

Depois de em julho ter subido os juros diretores em 25 pontos base para um intervalo entre 5,25% e 5,5%, a Fed optou por manter as taxas de juro inalteradas na reunião deste mês, em linha com as expectativas do mercado. Contudo, o "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores - sinaliza que haverá mais uma subida este ano, uma vez que coloca os juros num intervalo entre 5,4% e 5,6%.

As novas projeções reforçam também a ideia de que as taxas de juro deverão manter-se elevadas durante mais tempo do que o anteriormente antecipado, uma vez que, segundo a informação hoje divulgada, os decisores da Fed preveem que no próximo ano os juros se situem num intervalo entre 4,6% e 5,4% (acima dos 4,4% e 5,1% antecipados na reunião de junho). Para 2025 o valor foi também revisto em alta, com a Fed a colocar as taxas de juro num intervalo entre 3,4% e 4,9%.

Contudo, Jerome Powell reforçou, à semelhança do que tem sido transmitido nas últimas conferências, que se trata apenas de projeções e que as decisões serão sempre tomadas "com base nos dados económicos". "Estas projeções não são decisões. Se a economia não evoluir como previsto, o caminho da política monetária irá ajustar-se (...). Estamos em condições de prosseguir cuidadosamente", defendeu.

O responsável pela Fed acredita que uma "aterragem suave da economia é possível" e é o "objetivo", mas que é essencial que o banco central não falhe o objetivo de restaurar a estabilidade dos preços. Questionado sobre qual será o momento de cortar as taxas de juro, Powell afirmou que "o momento chegará a determinada altura" no próximo ano, mas recusou precisar quando será esse momento.

Contudo, Jerome Powell reforçou, à semelhança do que tem sido transmitido nas últimas conferências, que se trata apenas de projeções e que as decisões serão sempre tomadas "com base nos dados económicos". "Estas projeções não são decisões. Se a economia não evoluir como previsto, o caminho da política monetária irá ajustar-se (...). Estamos em condições de prosseguir cuidadosamente", defendeu.

O responsável pela Fed acredita que uma "aterragem suave da economia é possível" e é o "objetivo", mas que é essencial que o banco central não falhe o objetivo de restaurar a estabilidade dos preços. Questionado sobre qual será o momento de cortar as taxas de juro, Powell afirmou que "o momento chegará a determinada altura" no próximo ano, mas recusou precisar quando será esse momento.

A Fed tem encontro marcado para decidir sobre os juros mais duas vezes este ano: 31 de outubro e 1 de novembro e 13 e 14 de dezembro.

(Notícia atualizada às 20h24)

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