BE: Mensagem de PR é "completamente colada à política do Governo"
"Cavaco Silva mostrou-se um apoiante do Orçamento do Estado para 2014, sabendo à partida que ele tem cortes brutais nos salários da administração pública e a execução do OE vai implicar medidas adicionais sobre os pensionistas do sector privado e público", disse à agência o deputado do BE Luís Fazenda.
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O deputado adiantou que o presidente da República fez, na mensagem de ano novo, "uma espécie de elogio contínuo à política de austeridade que o Governo tem aplicado".
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O BE criticou também Cavaco Silva por ter feito "uma escolha política por antecipação ao Governo" ao referir "um programa cautelar com as instituições europeias tendo em vista o financiamento externo do país.
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"O Governo não tem legitimidade política para discutir com as instituições credoras internacionais qualquer outro memorando", disse, acrescentando que "o programa cautelar deve ser a continuação da política da troika sem a troika".
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Luís Fazenda considerou também que os apelos ao consenso feitos por Cavaco Silva são "vazios de conteúdo" e "estão intimidados pela política da troika", não sendo factor de unidade nacional.
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"Unidade nacional tem que ser conseguida à volta da defesa da constituição e de uma rotura com o memorando da troika, fora disso não há qualquer hipótese de entendimentos nacionais que sejam progressivos e que possam relançar a economia e novos padrões sociais no país", afirmou.
O BE reafirmou que vai pedir a fiscalização sucessiva de varias normas do OE para 2014.
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O Presidente da República, Cavaco Silva, admitiu hoje que Portugal "não necessitará de um segundo resgate", considerando, porém, que um "programa cautelar é uma realidade diferente".
Na sua habitual mensagem de Ano Novo, transmitida hoje pela televisão, o Presidente não esclareceu se pedirá ao Tribunal Constitucional a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado de 2014, ao contrário do que aconteceu há exactamente um ano com o orçamento de 2013.
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Cavaco Silva renovou o apelo às forças políticas para um "compromisso de salvação nacional", a exemplo do que fez em Julho, após a crise política do Verão, considerando que os portugueses beneficiariam desse acordo no período `pós-troika´.
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