Brasil: Vice-presidente diz-se pronto para assumir Governo se Dilma for afastada
Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, Michel Temer, admitiu, pela primeira vez, que está a discutir uma equipa governamental, caso a Presidente, Dilma Rousseff, seja afastada, no âmbito do processo de 'impeachment', que está a ser discutido pelo Senado.
PUB
"Me encontro numa situação muito difícil. Não posso, em respeito ao Senado, tratar da formação de um eventual governo, mas tenho que estar preparado para, conforme o rito, assumir o governo no dia seguinte, caso a decisão seja pelo afastamento temporário da senhora presidente da República", disse o 'número dois' do executivo, eleito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
PUB
Na entrevista, o político não se comprometeu como nomes de futuros governantes mas disse que estava impressionado com a conversa que teve com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, apontado como um possível candidato ao cargo de ministro da Fazenda caso Temer assuma a Presidência.
PUB
Michel Temer também declarou que as consultas que teve nas últimas semanas com líderes políticos, economistas e outras personalidades constituem somente "sondagens", assegurando que não "assumiu compromissos com ninguém".
PUB
Temer é o substituto directo da Presidente Dilma Rousseff, que está acusada de cometer crime de responsabilidade porque teria realizado manobras fiscais para melhorar o resultado das contas públicas, aprovando despesas extras sem pedir autorização do Congresso.
No último dia 17, a denúncia conta a Presidente brasileira foi aprovada na Câmara dos Deputados (câmara baixa) e enviado para o Senado (câmara alta).
PUB
Hoje, 21 integrantes do Senado iniciaram os trabalhos de uma comissão especial que vai analisar a denúncia que pode custar-lhe o mandato.
PUB
Após ouvir as partes e fazer um relatório, esta comissão realiza uma votação que pode afastar Dilma Rousseff do cargo por 180 dias até o julgamento final do processo.
Neste caso, o vice-presidente assumiria interinamente a Presidência da República. Se Dilma Rousseff for condenada, Temer será Presidente do Brasil até Janeiro de 2019.
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda