Carlos César admite falha nas previsões do Governo
O presidente do PS reconheceu esta segunda-feira, 19 de Setembro, que as previsões macro-económicas incluídas no Orçamento do Estado para 2016 podem ficar longe da realidade, embora confie que a economia portuguesa vá acelerar "o ritmo de crescimento" nos próximos meses.
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"É possível que todas as nossas previsões não se venham a confirmar, mas temos alguns indicadores que são prometedores. O que se passou, como se sabe, é que a nossa economia entrou numa quebra de crescimento nos últimos dois trimestres do ano passado", admitiu Carlos César numa entrevista à TSF.
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Acompanhando as perspectivas do Conselho de Finanças Públicas e da Comissão Europeia, entre outras entidades, também os 22 economistas que participaram no último inquérito conduzida pela agência Bloomberg estimam que o PIB português deverá crescer apenas 1% este ano. As previsões para o próximo ano também foram revistas em baixa, apontando agora para um crescimento de 1,2% em 2017, abaixo dos 1,5% anteriores.
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Ainda assim, o também líder da bancada parlamentar socialista sente que "esse efeito de decréscimo tem sido atenuado e revertido", embora não tenha concretizado os indicadores a que se refere. "Os últimos dados indicam que vamos aumentar o ritmo de crescimento da nossa economia", acrescentou o histórico socialista, evidenciando também algumas das amarras da governação liderada por António Costa.
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"Nós temos todos a consciência, a começar pelo Governo e pelo PS, de que aquilo que estamos a fazer ainda é insuficiente e sobretudo que é muito condicionado. Sabemos também que temos compromissos externos que determinam a obediência à preservação de alguns indicadores, designadamente em sede de défice. Tudo isso conjugado não permite que se faça tudo aquilo que se deseja. Trabalhamos sabendo que não estamos a fazer tudo o que gostaríamos de fazer, mas que estamos a fazer tudo o que podemos fazer", resumiu.
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O ex-presidente do Governo Regional dos Açores acusou ainda o PSD de não ter cumprido o compromisso assumido para a eleição de António Correia de Campos para a presidência do Conselho Económico e Social (CES), que na votação de Julho não conseguiu reunir os necessários 147 votos favoráveis no Parlamento.
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O nome do antigo ministro da Saúde deve ser novamente colocado em cima da mesa para a repetição da votação parlamentar, com Carlos César a frisar que os socialistas estão "dependentes do PSD gerar condições internas para cumprir a sua palavra". "Foi com o PSD que fizemos o acordo para esta eleição, aliás como a eleição para outros órgãos. Não fizemos com outros partidos políticos", justificou.
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