CDS pede à oposição que tire ilações dos resultados eleitorais e "assegure a estabilidade"
O presidente do CDS, Nuno Melo, apelou esta quinta-feira que aos partidos da oposição para que façam uma leitura dos resultados eleitorais e "assegurem a estabilidade que Portugal precisa e que os eleitores querem", sublinhando que a vitória da Aliança Democrática (AD) é "clara".
Nuno Melo falava assim à saída de uma reunião com o Presidente da República, para discutir os resultados das eleições legislativas de domingo e a formação do novo Governo. Os resultados deram vitória à direita, com a esquerda a ficar reduzida a cerca de 70 lugares no Parlamento. O CDS, que concorreu a estas eleições em conjunto com o PSD na Aliança Democrática (AD), conseguiu manter no Parlamento uma bancada parlamentar com dois deputados.
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"O resultado alcançado reforçou a legitimidade da AD e do primeiro-ministro. Portugal não quis instabilidade nem crise política, e deseja agora estabilidade no Governo para continuar a resolver os problemas dos portugueses. É isso que o CDS também faz, no projeto político da AD onde o CDS é uma das suas parcelas", referiu, salientando que a AD pode agora a continuar um projeto político que foi "irresponsabilidade interrompido".
Para o CDS, a prioridade é agora a "estabilidade política" e a "formação do Governo". Nuno Melo espera que o Presidente da República dê posse à AD, porque "foi isso que os portugueses disseram de uma forma muito transparente, nítida e clara nestas eleições".
Caso Marcelo Rebelo de Sousa dê posse a um novo Governo de Luís Montenegro, o CDS integrará pela "décima vez" um Governo português. "O CDS é um partido estável, credível, do arco da governabilidade, que transporta tudo isso para soluções que vão em benefício dos portugueses", argumentou o líder democrata-cristão.
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Em relação à abertura de um processo de revisão constitucional, Nuno Melo salientou que, "quando for o tempo", o CDS irá apresentar projetos de alteração e recordou que o CDS votou contra a 1976 votou contra a Constituição por ser "marcadamente ideológica e impor ao país o socialismo". "Quando for o tempo, o CDS estará presente nesta revisão, com ideias conhecidas, estáveis e perenes", disse.
O Presidente da República tem estado a ouvir os partidos após as eleições. Esta quinta-feira, já ouviu, da parte da manhã, o PCP e deverá receber ainda o Bloco de Esquerda, numa reunião marcada para as 17h00. Ficam a faltar audiências aos restantes dois partidos com assento parlamentar: o PAN e o JPP.
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