AD conquista 89 deputados. Chega e PS elegem 58 cada e Pedro Nuno sai
Portugal foi novo às urnas. Os eleitores vão eleger 230 deputados para a Assembleia da República e o novo Governo do país. Acompanhe aqui, ao minuto, as legislativas deste domingo.
- Mesas de voto abriram às 08:00 no continente e na Madeira e encerram às 19:00
- Votação a decorrer com normalidade
- Paulo Raimundo já exerceu o direito de voto
- Montenegro já votou em Espinho e espera boa taxa de participação
- Rui Rocha espera afluência em massa às urnas
- Rui Tavares votou em Lisboa. "É um direito que temos"
- Aguiar-Branco foi às urnas no Porto
- 10,8 milhões de portugueses podem votar
- Mariana Mórtagua vota "muito confiante" em Lisboa
- Porta-voz do PAN já votou. "A democracia conta com todos e cada um de nós"
- Pedro Nuno Santos apela à "arma do povo", o voto eleitoral
- Nuno Melo foi às urnas no Porto e apelou ao voto
- Autarca do PS diz ter sido agredido por apoiante do Chega
- André Ventura também já votou. "Não deixem que os outros escolham por vocês"
- Votos válidos só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura
- Cavaco diz que votar é um dever e que Portugal precisa de estabilidade
- Votaram 25,56% dos eleitores até às 12:00
- Movimento cívico de Braga proibido de usar t-shirts contra a abstenção
- Luís Marques Mendes apela ao voto para que portugueses tenham "mais estabilidade"
- Gouveia e Melo: "O que interessa é que os portugueses exerçam o seu direito de voto"
- Albuquerque espera que país "desencalhe" da instabilidade
- BE/Madeira apresenta queixa na CNE contra presidente do Governo Regional
- Afluência às urnas até às 16h00 foi de 48,28%
- Marcelo tenciona ouvir partidos "calmamente" ao longo da semana
- Urnas já encerraram em Portugal Continental e Madeira
- Sondagem da Intercampus aponta para abstenção entre os 40,7% e os 45,7%
- Projeções apontam para abstenção entre 37,2% e 44,6%
- Projeção da Intercampus para o Negócios dá vitória à AD e Chega à frente do PS
- Sondagem da Católica dá vitória à AD com 34%. PS cai e Chega cresce
- Chega e PS empatados, mostra sondagem da Pitagórica
- AD reforça e ganha eleições. PS e Chega ombro a ombro, mostra projeção do ISCTE
- Leitão Amaro é o primeiro deputado eleito
- Pedro Pinto: "O sistema tremeu. O Chega é essencial para uma maioria de Governo"
- AD sem maioria absoluta? "É algo que se tem de fazer no Parlamento, como se fez até aqui", diz Rangel
- Filipe Melo e Pedro Correia são os primeiros deputados eleitos do Chega
- Com 66% dos votos contados, AD lidera com 37,4%. Chega ligeiramente à frente de PS
- Ventura: “É um resultado histórico mas não é ainda o que queremos, que é ganhar as eleições”
- Hugo Soares: "O país reforçou a confiança no Governo e em Montenegro"
- PAN confiante de que terá bons resultados e "boa representatividade" no parlamento
- JPP aguarda resultados com serenidade e acredita na eleição
- "Os sinais são de que é possível um crescimento do Livre", diz Rui Tavares
- André Ventura: "Vamos lutar para que haja estabilidade e um Governo"
- Com 82% dos votos contados, AD lidera com 35,8%. Chega tem 23,6% e PS 22,8%
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- Abstenção alcança valor mais baixo em 30 anos
- Montenegro: "Portugueses não querem mais eleições antecipadas. Todos devem dialogar"
- André Ventura: "Não vou parar até ser primeiro-ministro"
- Montenegro diz "Sim é sim a Portugal" e apela a responsabilidade de todos

As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.
O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.
(Lusa)
As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
"Neste momento não temos informação nenhuma de boicotes, está tudo a correr na normalidade. Há pequenos incidentes pontuais, mas normais nas eleições", afirmou o porta-voz da CNE, André Wemans.
"Temos algumas queixas de eleitores, que têm de esperar pela contagem [dos votos postais], mas a mesa quando faz isso já está aberta", precisou a mesma fonte.
De acordo com o porta-voz da CNE, a mesa tem de colocar em urna os votos antecipados, quando abre: "por lei, é das primeiras coisas que tem de fazer, verificar os envelopes que recebeu e a seguir abrir o voto e colocá-lo dentro da urna".
"Isso em algumas mesas está a fazer com que demore. As pessoas podem ter de esperar e como tivemos aquele recorde de participação em voto antecipado, se calhar em algumas mesas fica mais pesado o arranque", admitiu.
Os números relativos ao voto em mobilidade, enviados à CNE pela Secretaria Geral da Administração Interna, indicavam 333.000 inscrições para votar antecipadamente e a participação rondou os 94%, com cerca de 314.000 votos, precisou André Wemans.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerram hoje às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
(Lusa)

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi o primeiro líder partidário a votar. Foi na escola básica de Alhos Vedros, na Moita (distrito de Setúbal), por volta das 9h35.
"Espero que hoje, esta noite, existam mais razões para as pessoas celebrarem melhores condições, para começarem a vida na segunda-feira com melhores condições", disse aos jornalistas. "Prognósticos só depois do jogo", declarou.

O líder do PSD, Luís Montenegro, também já votou, na escola básica de Espinho – onde se deslocou, acompanhado da mulher, Carla Montenegro. "A expectativa é que exista uma boa participação dos portugueses", afirmou aos jornalistas.
Montenegro disse não temer um cenário de instabilidade após estas legislativas antecipadas e afirmou estar otimista quanto a uma grande taxa de participação nestas eleições.
"Sei que todos têm uma preocupação que é que destas eleições surjam soluções positivas que tragam maior capacidade de o país crescer, de o país prosperar, para poder haver mais justiça social, para poder haver mais igualdade de oportunidades, e que há a procura de uma solução de estabilidade, mas isso dependerá agora das escolhas", declarou o líder do PSD.

O presidente da Iniciativa Liberal votou este domingo, pelas 10h10, em Braga, dizendo esperar que haja "uma afluência às urnas em massa".
"Há 50 anos votámos pela primeira vez em Portugal em liberdade e, portanto, a renovação da ida às urnas é sempre uma homenagem a esse primeiro momento em liberdade que ocorreu há 50 anos", declarou aos jornalistas.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, votou pelas 10h, em Lisboa, e também fez um apelo ao voto. "É um direito que temos e que, se não o exercemos, vai desvalorizar. É pelo bem de todos. É tão simples e ajuda tanto a que tenhamos uma democracia melhor", disse aos jornalistas.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, votou este domingo na Universidade Católica Portuguesa do Porto e destacou a importância do voto, que "é a essência da democracia".
"Quero apelar ao voto para o momento crítico. A abstenção é um dos obstáculos, desejo que baixe. É um momento soberano. Depois temos interpretar a vontade dos portugueses", acrescentou.
(CM)
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa –, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de 10 de março do ano passado.
Nas legislativas de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74%.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, deslocou-se à escola básica de Arroios, em Lisboa, para exercer o direito ao voto.
A deputada, tal como os seus adversários partidários, também apelou ao voto. "Apelo a toda a gente, mulheres e homens que querem um país mais justo, a votar", relatou a coordenadora.

A porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, votou este domingo na escola de Telheiras, pelas 11h30.
Aos jornalistas a deputada considerou que "é importante que as pessoas participem" e se dirijam às urnas. "A democracia conta com todos e cada um de nós", afirmou.
Inês Sousa Real explicou que vai passar o dia em família, mas que o termina com os restantes membros do PAN para acompanhar as eleições na sede do partido.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, deslocou-se à escola básica de Telheiras, em Lisboa, pelas 11h43. O deputado foi votar acompanhado pelo filho e pela companheira.
"Não deixemos para os outros a decisão do futuro", afirmou o deputado enquanto apelava ao voto dos portugueses. "Só se defende a democracia participando nestas eleições. É para isso que votamos", acrescentou.
"Para que não sejamos surpreendidos com coisas que nós não queremos na segunda-feira, é importante que as pessoas participem, votem – e votem, obviamente, naquela que é a sua preferência. E, portanto, eu desejo um dia sereno, mas de grande participação eleitoral e de respeito por todos", afirmou o líder do PS.
O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, votou este domingo no Porto, pelas 11h45. O ministro apelou à importância do voto no combate à abstenção.
O presidente da junta de freguesia de Santa Maria, Miguel Coelho, informou este domingo que foi agredido por um apoiante do Chega. O autarca do PS disse que o incidente ocorreu de manhã, quando se preparava para votar.
Ao Correio da Manhã, Miguel Coelho confirmou e descreveu a ocorrência. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior diz que "quando estava a cumprimentar pessoas na fila" para a mesa de voto, "um homem, na casa dos 40 anos" terá gritado "eu voto Chega" e afirmado acrescentou que Miguel Coelho era "amigo dos monhés". De seguida, quando Miguel Coelho se preparava para sair daquele local, o mesmo homem terá agredido, "de surpresa", o autarca de 72 anos com "uma palmada na cabeça", tendo este acabado por cair no chão.
A situação foi presenciada por dezenas de pessoas, que auxiliaram de imediato Miguel Coelho. O agressor terá abandonado rapidamente o local. A PSP foi chamada e o autarca apresentou queixa.
O CM apurou que o agressor já está identificado e será um ex-funcionário da junta de freguesia de Santa Maria Maior.

O líder do Chega, André Ventura, votou pelas 12h no Parque das Nações, em Lisboa. Aos jornalistas, Ventura começou por falar sobre o seu estado de saúde, mas rapidamente passou a abordar a importância da "saúde da democracia". "Jé me sinto melhor. Tive a oportunidade de descansar e ontem tive a oportunidade de falar com o médico e [vou ter] de fazer outros exames. Mas hoje é a saúde da democracia que importa", afirmou."Acho que todos devem votar. Não deixem que os outros escolham por vocês", acrescentou.
Sobre o autarca do PS, Manuel Coelho, que terá sido agredido por um apoiante do Chega, André Ventura disse: "Hoje é dia de votar, mas não é com cumprimentos impróprios. Manifestem-se pela forma democrática. Com firmeza, mas com calma. Cumpram as regras".
Ventura vai acompanhar a noite eleitoral juntamente com dirigentes e apoiantes no hotel que o partido escolheu para o efeito.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou este domingo que "os votos, para serem considerados válidos, só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura em que o eleitor pretende votar".
Em comunicado, a CNE diz que "o boletim de voto que contenha outros elementos – por exemplo, em que tenha sido assinalado mais do que um quadrado, em que tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura ou em que tenha sido escrita qualquer palavra – é considerado nulo".
Este esclarecimento surge depois de "ter chegado ao conhecimento da Comissão a divulgação de informações incorretas sobre o preenchimento do boletim de voto", esclarece a CNE.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerram hoje às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
(Lusa)
O ex-Presidente da República Cavaco Silva defendeu este domingo que votar é um dever e que, na situação que se vive no mundo, Portugal precisa de estabilidade para resolver "graves problemas".
"Cabe hoje aos eleitores decidir em consciência quem consideram mais capaz para liderar o governo de Portugal. Faço votos para que os portugueses em geral não deixem de cumprir o seu direito de votar", afirmou Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República disse ainda que na situação internacional "muito complexa, muito incerta, muito exigente aos governantes", votar "não é apenas um direito, é um dever" e que, por isso, espera que uma "grande maioria" vote hoje.
Cavaco Silva falava aos jornalistas à saída da Escola Josefa D'Óbidos, em Lisboa, depois de "cumprir o dever" de votar, pelas 12:00, e adiantou que vai acompanhar os resultados eleitorais em casa, em família.
"Portugal precisa de estabilidade. Eu não vejo, por muito que tenho analisado e estudado, como poderá resolver os graves problemas que tem à sua frente sem estabilidade política", considerou. Principalmente, continuou, "tendo em conta a situação internacional muito complexa, muito difícil, muito exigente, exigindo a todos os governantes competência para tomar as decisões certas que se impõem num momento que é internacionalmente muito incerto".
Questionado sobre a abstenção, Aníbal Cavaco Silva disse que tem "uma forte esperança" de que a abstenção "seja menor do que nas últimas eleições", já que, no seu entender, "isso é decisivo", porque, "hoje são os portugueses que devem decidir o melhor que consideram para Portugal".
(Lusa)

Um total de 25,56% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje votaram até às 12:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna.
Esta percentagem é superior à das últimas legislativas, realizadas a 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 25,21%% dos eleitores.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores. Partindo da percentagem de 25,56% de afluência às urnas, o cálculo aponta para perto de 2,76 milhões eleitores que votaram até às 12:00.
No passado domingo, 11 de maio, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito de voto, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela SGMAI.

Um movimento cívico de Braga queixou-se este domingo de ter sido proibido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de usar, sábado e hoje, t-shirts com apelos à ida às urnas, no âmbito da uma campanha contra a abstenção.
O coordenador do Movimento de Cidadania contra a Indiferença, Paulo Sousa, disse à Lusa estar "espantado" com a decisão da CNE e que já recorreu para tribunal.
"O apelo que fazemos nas t-shirts é em tudo idêntico ao que fez ontem [sábado] o Presidente da República e ao que estão a fazer hoje os vários líderes partidários. A própria CNE fez publicar nos jornais um anúncio em tudo idêntico. Trata-se, apenas e só, de um apelo à ida às urnas, no âmbito de uma campanha contra a abstenção que temos vindo a desenvolver", referiu.
Na parte da frente das t-shirts, está escrita a frase "No próximo dia 18, faça como eu. Vote". Nas costas, lê-se "Votar é o nosso poder. Combate a abstenção. Vota".
Paulo Sousa disse que pediu um parecer à CNE não porque tivesse dúvidas sobre a legitimidade da utilização das t-shirts, mas apenas para estar prevenido caso fosse confrontado por qualquer autoridade ou cidadão.
Na resposta, a que a Lusa teve acesso, a CNE diz que, na véspera e no dia de eleições, "a lei proíbe qualquer tipo de propaganda eleitoral, mesmo indireta". Acrescenta que, "considerando o contexto (por exemplo, pessoa associada a determinada candidatura ou ideologia política, associação a slogans utilizados por candidaturas)", as t-shirts podiam ser interpretadas "como tentativa de influenciar o voto" e, assim, violar a lei eleitoral.
Paulo Sousa diz que o movimento que lidera "é conhecido por manter uma equidistância em relação a todas as forças políticas" e que "só assim foi possível desenvolver uma intensa atividade cívica" ao longo dos seus quatro anos de existência. Por isso, o movimento já recorreu ao tribunal, solicitando ao juiz de turno na Comarca de Braga para revogar a decisão da CNE, mas ainda não obteve resposta.
(Lusa)
Luís Marques Mendes, candidato a Belém e antigo presidente do PSD, votou, este domingo, em Caxias, em Oeiras. Segundo o político, a redução da abstenção é a forma de os eleitores "terem mais estabilidade no futuro".
"Ganhe quem ganhar, vença quem vencer, acho que esta campanha não ajudou muito", considerou o candidato a Belém. Sobre os resultados, Marques Mendes afirmou que só segunda-feira é que faz declarações.

O almirante Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República que apresenta a sua candidatura formal a 29 de maio, votou pelas 9h56 na Faculdade Nova FCSH, em Lisboa. "O que interessa é que os portugueses exerçam o seu direito de voto", afirmou o almirante aos jornalistas.

O presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, votou numa escola básica do Funchal, manifestando a expectativa de que o país "desencalhe" deste contexto de instabilidade e "sobressalto político".
"A expectativa é que o país desencalhe, a gente está com um país encalhado, [...] com este sobressalto político. Eu acho que é necessário as democracias terem sistemas eleitorais que garantam estabilidade porque esta instabilidade constante desgasta o regime, desgasta os partidos", afirmou.
O chefe do executivo madeirense e líder do PSD/Madeira falava aos jornalistas após ter exercido o seu direito de voto na Escola Básica da Ajuda, no Funchal, cerca das 12:20.
Miguel Albuquerque defendeu que deve ser constituído um sistema eleitoral que tenha "uma maior ligação aos eleitores" e que "seja favorável à constituição de maiorias de governo". "Se não, estamos sempre neste sobressalto constante e nunca conseguimos ter um quadro de legislatura que é importante para o país, para os desafios que enfrenta", argumentou.
"Neste momento, parece que vivemos numa bolha, desligados do que se passa, da geopolítica mundial e da geopolítica europeia e as coisas estão a mudar muito rapidamente e nós andamos entretidos nestas campanhas a dizer que vamos dar mais dois cêntimos a este e distribuir mais dinheiro ou menos dinheiro. Isto não tem nenhum sentido", apontou Miguel Albuquerque.
O social-democrata referiu ainda que, de acordo com os dados que tem, a afluência às urnas foi, na manhã de hoje, "ligeiramente inferior" na região face ao último sufrágio, considerando que isso poderá resultar dos festejos de sábado à noite do campeonato de futebol e do facto de as pessoas estarem "um pouco saturadas" de eleições.
Violação da lei?
Entretanto, Miguel Albuquerque poderá ter violado a lei, já que divulgou este domingo um vídeo de quase dois minutos na rede social Facebook a apelar ao voto na Aliança Democrática. Segundo o Diário de Notícias, o presidente do Governo Regional da Madeira solicitou o voto com o alegado objetivo de atingir a "estabilidade" e os interesses cruciais" do arquipélago.
O vídeo foi apagado uma hora depois da sua publicação. Ainda assim, foi assistido por várias pessoas que chegaram a enviar queixas à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O BE/Madeira apresentou uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra o presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque, argumentando que o governante divulgou um vídeo de apelo ao voto na Aliança Democrática (AD).
Em comunicado, a estrutura regional do partido indica que Albuquerque publicou na rede social Facebook um vídeo de propaganda política, que entretanto apagou, "num claro apelo ao voto na coligação AD". "Tal apelo e ato de propaganda política no dia de eleições constitui uma violação grosseira da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, agravada ainda mais por ter sido proferida por um alto titular de cargo político", afirma o BE.
Um total de 48,28% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas deste domingo votaram até às 16:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) no website que permite acompanhar a afluência às urnas.
Esta percentagem é inferior à das últimas legislativas, realizadas a 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 51,96% dos eleitores.
Partindo desta percentagem de quase 50% de afluência às urnas até às 16:00, o cálculo aponta para perto de 5,5 milhões de eleitores votantes até às 16:00. No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito de voto, correspondendo a uma afluência de 94,45%.

O Presidente da República fez novo apelo à participação dos portugueses nas eleições legislativas antecipadas deste domingo e afirmou que tenciona convocar os partidos na segunda-feira, para os ouvir "calmamente, serenamente" ao longo da semana.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu a pé do Palácio de Belém, em Lisboa, perto das 17:00, e falou à RTP na Calçada da Ajuda, insistindo no apelo à participação eleitoral que fez no sábado, na habitual comunicação ao país em vésperas de eleições. "Quem puder, ainda são cinco da tarde, tem uma hora e meia, duas horas para votar. E eu insisto muito em que as pessoas que possam votar e queiram votar não percam a oportunidade", declarou.
As mesas de voto em Portugal Continental e Madeira encerraram às 19:00 nas eleições legislativas realizadas este domingo.
As primeiras projeções serão divulgadas pelas 20:00, altura em que fecham as urnas na Região Autónoma dos Açores.
Uma sondagem da Intercampus realizada para o NOW, CMTV, Jornal de Negócios e Sábado, prevê que a abstenção nas eleições legislativas se fixe entre os 40,7% e os 45,7%.
Nas últimas eleições legislativas, realizadas em março de 2024, a abstenção foi de 40,16%.
João Duarte Fernandes
A taxa de abstenção das eleições legislativas deste ano pode superar a registada no ano passado, apontam as projeções da RTP/Católica, CNN Portugal/Pitagórica e da SIC/Expresso.
A projeção da SIC e do Expresso é a mais contida, apontando que a abstenção pode estar entre os 34,7% e os 39,7%. O ponto médio é de 37,2%.
A meio caminho está a projeção da Católica para a RTP, que adianta que a taxa pode estar entre os 36% e os 42%, com um ponto médio de 39%.
A projeção da Intercampus para o NOW, CMTV, Negócios e Sábado coloca o intervalo entre os 40,7% e os 45,7%, o que tem implícito um ponto médio de 43,2%.
A mais gravosa, e socorrendo-se dos votos contabilizados à boca da urna, é a da CNN Portugal. Os dados da Pitagórica apontam que a taxa de abstenção estará entre os 41,5% e os 47,7%, para um ponto médio de 44,6%.
Nas eleições do ano passado, a taxa de abstenção em Portugal fixou-se em 40,16%, a mais baixa desde 2005.
Inês Pinto Miguel
A projeção da Intercampus para o NOW, CMTV, Correio da Manhã, Negócios e Sábado dá a vitória à AD nas eleições deste domingo com 30,9% a 36,9%, o que lhe permitiria eleger 87 a 99 deputados.
O Chega irá obter entre 20,6% e 26,6%, correspondentes a 57 a 67 mandatos, podendo ultrapassar o PS, que conseguirá 19,4% a 25,4%, elegendo 52 a 62 parlamentares.
A IL consegue 3,3% a 7,3%, conseguindo 5 a 11 deputados, seguindo-se o Livre, com 1,9% a 5,9% e dois a oito parlamentares. A CDU terá entre 1,4% e 4,4% com um a cinco mandatos, enquanto o BE terá 0,5% a 3,5%, podendo ficar fora do Parlamento ou eleger até três deputados.
O PAN conseguirá entre 0,3% e 2,3% dos votos, podendo não eleger nenhum elemento ou até dois parlamentares.
O JPP com 0 a 1% poderá não eleger ou conseguir até dois deputados e entrar pela primeira vez na Assembleia da República.
Os outros partidos, votos em branco e nulos ficarão entre 2,1% e 6,1%.
FICHA TÉCNICA:
Sondagem Intercampus para a CMTV/NOW, realizada no dia 18 de maio de 2025, com o objectivo de identificar o resultado da votação para as eleições Legislativas em 2025.
Universo constituído por eleitores que participaram no acto eleitoral. Com recolha através de simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 23.365 entrevistas, recolhidas em 25 freguesias de Portugal Continental. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 0,6%. Os resultados da projecção são directamente obtidos a partir de uma sondagem realizada pela Intercampus.
Pedro Curvelo
A sondagem realizada pela Universidade Católica Portuguesa para a RTP dá vitória à Aliança Democrática (AD) com 34% dos votos, deixando o PS a uma distância de oito pontos percentuais.
A AD poderá, com esta votação, eleger entre um mínimo 85 e um máximo de 96 deputados na Assembleia da República. Fica, assim, longe do número de deputados necessários para ter maioria.
O PS deverá ter conquistado 26% do eleitorado, o que se traduzirá em entre 52 e 63 deputados, um número inferior aos 78 que tinha conquistado nas últimas legislativas realizadas em março de 2024.
Por seu lado, o Chega deverá ver reforçada a sua presença no Parlamento, com esta sondagem a apontar para uma votação de 24%, ligeiramente abaixo da do PS. Dos 50 deputados conquistados há pouco mais de um ano, deverá passar a ter entre 50 e 61.
A IL deverá chegar aos 7%, com entre 6 e 12 deputados, enquanto o Livre poderá ver a sua votação reforçada para 6%, elegendo 4 a 10 deputados.
O Livre deverá superar a CDU e o Bloco de Esquerda, que deverão ter entre 4% e 3%, respetivamente.
O PAN arriscar sair do Parlamento ou eleger a deputada única, Inês de Sousa Real, com uma votação de 2%.
Por fim, o JPP poderá conquistar o seu primeiro deputado, isto na melhor das hipóteses admitida nesta sondagem.
Paulo Moutinho
A Aliança Democrática terá conseguido entre 29,1% e 35,1% dos votos nas legislativas deste domingo, o que lhe poderá dar entre 80 e 100 deputados no Parlamento, de acordo com a sondagem da Pitagórica para a TVI / CNN Portugal.
O Chega poderá ultrapassar o PS, com a mesma sondagem a apontar para um intervalo de 19,5% a 25,5% para o partido de André Ventura, o que compara com 19,4% a 25,4% para a força política liderada por Pedro Nuno Santos. Em ambos os casos, o número de mandatos está entre 50 e 70 deputados.
A Iniciativa Liberal aparece como quarta força política, com 5% a 8% dos votos ou seis a 14 deputados. O Livre reforça a posição com 3,2% a 6,2% dos votos (4 a 10 mandatos). A CDU terá entre 1,3% a 4,3% dos votos e o Bloco de Esquerda entre 1,1% e 4,1% (ou seja, entre um e cinco deputados para cada um) O PAN ainda não tem lugar garantido no Parlamento, dado que a sondagem lhe atribui de 0,5% a 2,5%.
A sondagem da Pitagórica para a TVI / CNN Portugal indica ainda que 65% das pessoas votam sempre no mesmo partido ou decidiram-no há mais de 15 dias. Contudo, 12% dos eleitores disse ter decidido hoje mesmo em que partido votar.
Leonor Mateus Ferreira
A sondagem do ISCTE para a SIC e o Expresso aponta para o reforço da votação na Aliança Democrática (PSD/CDS), mas aponta para o PS e o Chega colados no segundo lugar.
A AD fica, no entanto, longe da maioria absoluta, mas a maior supresa desta projeção é que o PS e o Chega estão a disputar o segundo lugar.
AD: de 30,3 a 34,7% — 82 a 94 deputados
PS: de 21,6 a 25,8% — 56 a 66 deputados
Chega: de 19,9 a 24,1% — 55 a 65 deputados
IL: 4,2 a 7,4% — 6 a 12 deputados
Livre: 3,3 a 6,5% — 4 a 10 deputados
CDU: 1,4 a 4% — 1 a 4 deputados
BE: 1 a 3,6% — 0 a 2 deputados
PAN: 0,5 a 2,5% — 0 a 2 deputados
JPP: 0,2 a 0,8% — 0 a 1 deputado.

O ex-ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi o primeiro deputado a ser eleito.
Leitão Amaro era o cabeça-de-lista pela AD no círculo eleitoral de Viseu.
Nas eleições de 2024, a AD elegeu três dos oito deputados por este círculo, cabendo outros três ao PS e dois ao Chega.
Pedro Curvelo

O presidente do grupo parlamentar do Chega enaltece que as sondagens conhecidas até agora mostram que não será possível formar um Governo sem o partido.
"Os resultados indicam que o Chega vai ter um resultado histórico", afirmou Pedro Pinto.
"Não sabemos se vamos ficar em segundo ou terceiro lugar, mas sabemos que o sistema já está a tremer", continuou o deputado, garantindo que "aconteça o que acontecer, o Chega é essencial para uma maioria de Governo".
Hugo Neutel
O ainda ministro dos Negócios Estrangeiros em gestão, Paulo Rangel, disse que a AD, coligação que o sustentou no executivo, está disponível para governar com acordos no Parlamento, defendendo que PSD e CDS saem reforçados das eleições deste domingo, 18 maio.
"A AD está obviamente muito satisfeita e reconhecida", começou por dizer Paulo Rangel, número dois do Governo ainda em gestão.
"Estamos disponíveis como estivemos até aqui para solução de governo e para dar estabilidade do país", acrescentou, em declarações na RTP.
Confrontado com o facto de as primeiras sondagens à boca das urnas não darem maioria absoluta à AD - nem com a Iniciativa Liberal (L), Rangel isso é "algo que se tem de fazer no parlamento como se fez até aqui". Ou seja com acordos parlamentares, seja com PS ou com o Chega. Mas o ainda ministro não indicou parceiro preferencial.
Paulo Rangel frisou que as sondagens reforçam os números da AD - seja em percentagem de votos, seja em deputados - e que a força política deve conseguir ainda obter mais votos do que a esquerda junta.
Mais tarde na noite eleitoral, o social-democrata clarificou que o governo pretende falar "com todos" os partidos com assento parlamentar, mantendo a posição que o executivo tinha até aqui.
Susana Paula
(Notícia atualizada às 21:53 com a informação de que o diálogo pretendido é com todos os partidos)
O atual deputado do Chega Filipe Melo foi reeleito deputado pelo círculo eleitoral de Braga. Foi o primeiro mandato atribuído ao partido liderado por André Ventura.
Também o deputado Pedro Correia foi eleito pelo círculo de Santarém, onde já tinha sido eleito nas eleições do ano passado.
Numa altura em que já foram contados 66,05% dos votos, a AD lidera com 37,44% e já com 10 deputados eleitos.
O Chega surge na segunda posição, com 23,25% e já com três mandatos conquistados, superando o PS, que regista 22,98% e tem um deputado já eleito.
A IL soma 3,46% dos votos, seguindo-se a CDU, com 2,34%, o Livre, com 2,12%, o ADN, com 1,73% e o Bloco de Esquerda, com 1,43%.
O PAN soma 0,80% e o JPP tem 0,70%.
Pedro Curvelo

Numa reação muito breve às sondagens conhecidas até agora e que colocam o Chega a disputar o segundo lugar com o Partido Socialista, André Ventura afirmou que a confirmarem-se os resultados sugeridos pelos inquéritos, esta é uma "grande vitória". "Mas ainda não é o objetivo que queremos que é vencer as eleições", apontou o presidente do partido.
"O futuro é trabalhar para poder corresponder a estes resultados", concluiu André Ventura.
Hugo Neutel
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, considerou que "a AD teve uma vitória eleitoral reforçadíssima" nesta noite eleitoral. "O país reforçou a confiança no Governo e no chefe de Governo, Luís Montenegro".
Hugo Soares, que foi a primeira figura de 'topo' da AD a falar na sede de campanha desta noite, no hotel Epic Sana, em Lisboa, após serem conhecidas as primeiras sondagens à boca das urnas, que dão a vitória à coligação que junta PSD e CDS.
A sondagem da Intercampus para o Negócios, põem a AD a ganhar com uma percentagem de votos entre os 30,9% e os 36,9%, o que daria entre 87 e 99 deputados.
"A diferença face aos demais adversários, ao PS, parece-me bastante substantiva, o que significa que os portugueses tiveram uma firme convicção neste ato eleitoral", afirmou. Para Hugo Soares, estes resultados mostram que os portugueses avaliaram "o governo de forma positiva" e escolheram a AD para "continuar a governar os destinos de Portugal" .
O líder parlamentar social-democrata resucou responder a questões dos jornalistas, preferindo esperar por resultados finais.
Susana Paula
O número dois da lista do PAN por Lisboa, António Morgado Valente, disse hoje que o partido está confiante de que terá uma "boa representatividade" no parlamento, e salientou que as primeiras projeções das televisões já falharam no passado.
Numa reação, no quartel-general do partido para a noite eleitoral, num hotel em Lisboa, às primeiras projeções dos resultados eleitorais divulgadas pelas televisões, o candidato do PAN disse não querer "falar antes do tempo mas que garantiu que o partido aguarda "sereno, tranquilo e confiante" o fim da contagem dos votos.
"Já o ano passado as sondagens não se refletiram naquilo que foi o final dos resultados e portanto vamos aguardar, serenos, com tranquilidade, ver quais são os resultados que no final vão ser efetivos e qual será o resultado do PAN. Relativamente a outros resultados, vamos ver também o que é que nos reserva esta noite", acrescentou o membro do PAN.
António Morgado Valente disse que o partido está confiante de terá "bons resultados" e "uma boa representatividade na Assembleia da República".
Questionado sobre a vitória projetada da AD, Morgado Valente disse que "os portugueses não queriam eleições neste momento" e que seria bom que houvesse "alguma estabilidade" neste momento.
"Seria importante que se tivesse evitado eleições neste momento, porque nenhum português queria eleições neste momento", acrescentou.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas pelas televisões dão vitória à AD nas eleições legislativas entre 29% e 36,9%, seguindo-se o PS e o Chega muito próximos.
Nas projeções da TVI e da SIC, o PAN consegue entre 0,5% e 2,5%, na RTP fica entre os 1% e 2% e no NOW regista valores entre os 0,3% e os 2,3%.
Lusa
A presidente do JPP, Lina Pereira, afirmou hoje que o partido aguarda os resultados eleitorais finais com serenidade e acredita que poderá eleger um deputado à Assembleia da República.
A presidente do JPP falava numa unidade hoteleira do concelho de Santa Cruz, na Madeira, onde o partido está a acompanhar a noite eleitoral, após divulgadas as projeções pelas televisões. Nessa altura, a sala ainda se encontrava praticamente vazia, com mais jornalistas do que dirigentes do partido.
"A verdade é que ainda estamos a fechar aqui várias urnas, localidades importantes que vão fazer e determinar o resultado final. Mas, com serenidade, o Juntos Pelo Povo aguarda e acreditando que será possível [eleger], sim", declarou Lina Pereira.
A dirigente realçou que "ainda há muitos cenários em aberto", mas disse acreditar que a eleição de um deputado à Assembleia da República, pela primeira vez na história do partido, é um cenário para o qual o JPP tem trabalhado.
Questionada sobre outros círculos, como o da Europa, encabeçado pelo secretário-geral do partido, Élvio Sousa, a dirigente do JPP reconheceu que a "maior aposta" do partido foi no círculo da Madeira, cuja candidatura é encabeçada por Filipe Sousa, um dos fundadores e ex-presidente do partido, sendo pelo círculo desta região autónoma que o partido pode eleger.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas pelas televisões dão vitória à coligação Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas ao obter entre 29% e 36,9%, seguindo-se o PS e o Chega muito próximos.
O JPP poderá ter 1% dos votos, sendo possível a eleição de um deputado, segundo as projeções.
Nas últimas eleições legislativas, em 10 de março de 2024, o JPP concorreu em 10 círculos eleitorais e obteve o melhor resultado de sempre em eleições nacionais, com 19.145 votos (0,31%), dos quais 14.344 na Região Autónoma da Madeira, cuja lista também era encabeçada por Filipe Sousa.
O círculo da Madeira, que elege seis deputados à Assembleia da República, é atualmente representado por três deputados PSD, dois do PS e um do Chega.
O JPP nasceu como movimento de cidadãos em 2009, no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, autarquia que lidera desde 2013 com maioria absoluta, e tornou-se partido político em 2015.
Lusa
O líder do Livre admite que já não vale "a pena agora especular muito", numa altura em que os votos estão a ser contados, após as urnas encerrarem às 19 horas.
"Os sinais de que é possível um crescimento por parte do Livre para, no fundo, alcançar aquilo que nós desejamos, que é podermos ser o dínamo de uma alternativa progressista e ecológica de governação em Portugal", disse Rui Tavares ao chegar ao Teatro Thalia, onde o prtido está reunido para a noite eleitoral.
Rui Tavares assumiu ainda estar de "consciência muito tranquila" para os resultados. Sem traçar planos de futurologia, o líder do Livre apelou à serenidade e de que é preciso aguardar pelos números finais.
As projeções dão conta de que o Livre pode ser a quinta força política na Assembleia da República, podendo duplicar o número de deputados alcançados no ano passado. O partido conseguiu eleger quatro deputados nas eleições de março de 2024.
Inês Pinto Miguel
À chegada ao quartel-general do Chega, André Ventura reforçou que "o Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal".
"Tudo indica que o país se libertou de uma amarra de 50 anos", afirmou, garantindo que o partido "é hoje alternativa à governação", e vai "lutar para que haja estabilidade e um Governo".
As sondagens à boca das urnas mostram que o Chega disputa com o Partido Socialista o segundo lugar nas eleições.
Hugo Neutel
A AD lidera a votação das eleições legislativas deste domingo quando já estão apurados 82,15% dos votos. A Aliança Democrática soma 35,77% e já elegeu 19 deputados.
O Chega surge na segunda posição, com 23,63% e sete eleitos, seguido de perto pelo PS com 22,83% e oito mandatos conquistados.
A IL soma 4%, seguida do Livre, com 2,52%, e da CDU, com 2,50%. O ADN tem 1,62%, estando neste momento à frente do Bloco de Esquerda (1,56%).
O PAN soma 0,94% e o JPP tem 0,50%.
Pedro Curvelo
Os bloquistas ouviram as primeiras projeções das televisões na Casa do Alentejo, em Lisboa. Depois de alguns minutos em silêncio e desalento, entoaram "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais", várias vezes.
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) disse que "será, independentemente do resultado, uma noite em que vamos celebrar a campanha que fizemos". Já o dirigente bloquista Jorge Costa afirmou que o partido vai ter uma "noite e tempos difíceis" pela frente, falando numa "vitória da direita em toda a linha", após serem conhecidas as primeiras projeções de resultados para as legislativas.
"O somatório dos votos do Partido Socialista e dos partidos à esquerda nunca foi tão pequeno em eleições legislativas", acrescentou.
A confirmarem-se os números avançados nas primeiras projeções, o BE pode diminuir a representação parlamentar.
Nas últimas eleições legislativas, em março do ano passado, o BE elegeu cinco deputados, dois por Lisboa (Mariana Mortágua e Fabian Figueiredo), dois pelo Porto (Marisa Matias e José Soeiro) e uma por Setúbal (Joana Mortágua) e foi a quinta força política mais votada, com 4,36 % dos votos a nível nacional.
Cláudia Arsénio com Lusa
A AD conquistou três dos cinco mandatos do círculo eleitoral de Vila Real, mais um do que em 2024. Quando falta apurar apenas uma freguesia, a Aliança Democrática soma 44,46%.
O PS elege apenas um deputado, quando há um ano tinha conseguido dois mandatos, e obtém 24,57%.
O Chega, com 19,97%, volta a eleger um parlamentar por este círculo.
O Chega venceu no distrito de Beja nas eleições legislativas de hoje, com 27,73% dos votos e 1 deputado eleito, quando estão apuradas as 75 freguesias. Face a 2024, o partido liderado por André Ventura sobe 6,18 pontos percentuais, embora em termos de mandatos nada se altere.
O PS, que tinha vencido em Beja em 2024 com 31,70%, baixa para 26,49%, elegendo um deputado.
A AD, por seu turno, sobe 4,15 pontos percentuais até aos 20,89%, mantendo o lugar obtido nas anteriores eleições.
Pedro Curvelo
O Livre assume preocupação com o facto da "direita radicalizada" estar a ganhar terreno e continuar em "maré alta", com a número dois por Lisboa a fazer referência ao Chega.
"Os resultados preliminares mostram que uma direita radicalizada continua em maré alta e, portanto, essa é uma grande preocupação do Livre", explicou Isabel Mendes Lopes, co-porta-voz do Livre, já após serem conhecidos alguns resultados.
"Um país não cresce nem é feliz com o ódio", reiterou Isabel Mendes Lopes.
Numa menção aos resultados alcançados pelo partido, ainda com os votos a serem contados, a co-porta-voz admite estarem "em linha com o que o Livre traçou". "Aumentar a nossa representação, chegar a mais pessoa por todo o país e estar na disputa por ser o quarto maior partido em Portugal, para continuarmos a lutar pelo país que sabemos ser possível, principalemnte a disputar um espaço que está a ser ocupado pela direita", atirou.
O Livre está agora com mais de 114 mil votos contabilizados a seu favor, embora ainda não tenha conseguido eleger nenhum mandato.
Inês Pinto Miguel

Pela primeira vez, o partido Juntos Pelo Povo (JPP) contará com representação na Assembleia da República, ao eleger um deputado. Filipe Sousa, presidente do JPP, foi eleito pelo círculo da Madeira.
"Os madeirenses e porto santenses fizeram história e cá estamos", afirmou há instantes o presidente do JPP. O primeiro representante do partido na AR acredita que o JPP foi o grande vencedor da noite eleitoral.
"Muito sinceramente, digo que isto é o resultado do trabalho que o JPP tem vindo a desenvolver (...). A nossa forma de estar, aquele sentido de comunidade, de proximidade, de tolerância, aos poucos, foi ganhando a confiança da população madeirense e nós somos os grandes vencedores destas eleições", referiu há instantes o deputado eleito pelo JPP.
O JPP concorreu pela quinta vez consecutiva em eleições legislativas nacionais desde que foi constituído como partido, em 2015, e tinha essa expectativa de eleição, impulsionado pelo resultado que obteve em março na Madeira.
João Duarte Fernandes com Lusa
A AD venceu o distrito de Santarém com 30,60%, conseguindo 4 dos 9 deputados em disputa.
A coligação do PSD com o CDS-PP ganhou o distrito ao PS que em 2024 tinha conseguido 27,85% contra os 27,28% da AD.
Atrás da AD ficou o Chega, com 28,13%, que bateu o PS (22,75%). O partido liderado por André Ventura conseguiu eleger os mesmos 3 deputados que tinha elegido nas últimas Legislativas, enquanto o PS perdeu um mandato.
Paulo Moutinho

O ex-ministro do Ambiente do PS, Duarte Cordeiro, pede uma "reflexão profunda" a Pedro Nuno Santos caso o partido fique atrás do Chega como apontam algumas projeções das sondagens à boca das urnas.
"Não podemos esconder que é profundamente perturbador que esperar pelo fim da noite eleitoral para perceber se estamos à frente do Chega e não é normal no PS", começou por indicar o ex-ministro do Ambiente e próximo de Pedro Nuno Santos. "Não podemos encarar com naturalidade", sublinhou no comentário no Now.
Questionado sobre o que deve o secretário-geral do PS fazer perante este possível resultado, Duarte Cordeiro afirmou que "qualquer avaliação no PS parte sempre de uma avaliação pessoal. Há circunstâncias limite e a ideia de ficar atrás do Chega" é uma delas.
Pouco antes, na RTP, o secretário-geral do PS, João Torres, assumiu a "derrota pelo PS. O PS perdeu estas eleições e estamos numa situação na qual não desejávamos estar que é disputar o segundo lugar com o Chega", reclamando um "exame de consciência."
Em Portalegre, Chega e o PS inverteram posições face aos resultados das Legislativas realizadas no ano passado.
O partido liderado por André Ventura ganhou o Distrito com 29,90%, à frente dos 28,00% do PS e dos 26,84% registados pela AD. Em 2024, o PS tinha vencido com 34,05%.
A vitória do Chega traduz-se num dos 2 deputados eleitos por Portalegre, com o outro a pertencer ao PS. Já tinha sido esta distribuição no último ato eleitoral, com a AD a continuar sem eleger um representante.
Paulo Moutinho
A AD venceu no distrito de Viana do Castelo nas eleições legislativas de hoje, com 39,75% dos votos e 3 deputados eleitos, quando estão apuradas as 75 freguesias.
O Chega surge em segundo lugar no distrito, com 22,97% dos votos e 1 deputado eleito. Já o PS ficou em terceiro, também com um deputado, depois de ter agregado 21,72% dos votos no distrito de Viana do Castelo.
João Duarte Fernandes
O Livre elegeu os seus primeiros deputados. Eduardo Jorge Costa Pinto foi eleito pelo círculo eleitoral do Porto e Rui Tavares por Lisboa.
Os dois nomes voltam a ser eleitos deputados.
Jorge Pinto foi o primeiro deputado eleito pelo partido esta noite, com as projeções a apontarem para mais mandatos.
O quartel-general do Livre está montado no Teatro Thália, em Lisboa, com a sede, no Porto, a acompanhar a eleição de deputados.
As projeções apontam que o Livre seja a quinta força política mais votada, ficando atrás da Iniciativa Liberal.
Inês Pinto Miguel
O Chega elegeu cinco deputados no distrito de Braga, mais um do que em 2024, "a custas" do PS, que conquistou cinco mandatos em vez dos seis de há um ano. Os socialistas mantiveram por curta margem a segunda posição no distrito.
A AD venceu novamente, com 36,29% dos votos, e coloca oito deputados no Parlamento.
Também a IL elegeu o seu presidente, Rui Rocha, repetindo o resultado das anteriores eleições.
A Aliança Democrática voltou a vencer na Madeira, mas reforçou a votação. Em vez dos 35,38% de 2024, conseguiu 41,35%, mas manteve os 3 deputados.
O Chega foi a segunda força mais votada, superando o PS. Alcançou os 20,90%, acima dos 17,56% das Legislativas do ano passado, enquanto os socialistas viram a votação encolher de . Tanto o Chega como o PS elegeram um deputado, sendo o outro da JPP.
O Juntos Pelo Povo vai estrear-se na Assembleia da República com 1 deputado conquistado na Região Autónoma, isto depois de ter conseguido captar 12,32% dos votos.
Paulo Moutinho
Um grupo de quatro jovens manifestou-se à porta do Hotel Epic Sana, onde a AD está a acompanhar a noite eleitoral. "Uma coisa é certa: se não nos derem um futuro não vão poder governar", disseram, em comunicado sobre a ação de protesto, na qual se podiam ler cartazes com as frases "Geração sem futuro" e "Fim ao Fóssil até 2030".
Leonor Chicó, porta-voz deste protesto, afirmou, em comunicado, que estudantes de várias escolas e de várias idades interromperam as celebrações da AD porque "já sabemos quem é o novo governo e este não tem nenhum plano para travar o colapso climático que vai levar ao colapso social".
Pelo menos três elementos foram retirados do local pela Polícia de Segurança Pública (PSP). "Podemos ser detidas mas nada nos traz mais medo que a crise climática. O PSD sabe da exigência dos estudantes porque já lhes foi entregue a Carta de Estudantes pelo Fim ao Fóssil até 2030, que decidiram ignorar", acrescentou a porta-voz.
O grupo de estudantes diz ainda que irá reunir-se esta segunda-feira, numa assembleia frente ao Liceu Camões às 10:00 horas para planear o que irão fazer relativamente ao novo Governo.
Leonor Mateus Ferreira
Face ao "mau resultado" do PS, deve "haver uma reflexão profunda em conjunto de todo o Partido Socialista", afirmou Ana Catarina Mendes, aos jornalistas, no hotel Altis.
"Tudo tem o seu momento. O que é preciso é olhar para os resultados eleitoraiais, fazer as reflexões que têm de ser feitas", tendo em conta que o PS tem "já daqui a uns meses" o "desafio autárquico", disse a eurodeputada.
"O que estou a dizer é que hoje é um momento, e a partir de amanhã também, para uma reflexão profunda", disse, recusando antecipar o discurso de Pedro Nuno Santos.
A AD voltou a vencer no Porto, reforçando a votação face ao resultado alcançado no ano passado.
A coligação PSD/CDS-PP conquistou 34,22% dos votos, elegendo 15 deputados, mais um que nas Legislativas de 2024.
O PS, por seu lado, perdeu 2 deputados, ficando com 11. Teve 24,04% dos votos, ligeiramente acima dos 20,67% alcançados pelo Chega que nesta votação viu reforçada a sua representação: ganhou 2 deputados, passando a eleger 9 no Porto.
IL e Livre ficaram com 2 deputados, cada, enquanto a CDU elegeu 1. O Bloco de Esquerda perdeu o deputado, ou seja, Marisa Matias não vai continuar na Assembleia da República.
Paulo Moutinho
Fernando Medina, antigo ministro das Finanças, defende que perante "o pior resultado da sua história", o PS deve fazer uma "reflexão do ponto de vista estratégico" e sobre as razões pelas qual não foi capaz de convencer jovens ou as "classes médias de trabalhadores".
Este "pior resultado", precisou o deputado, "não é do ponto de vista quantitativo". As projeções à boca da urna indicam que pode ter sido o pior, em percentagem de votos, em 38 anos. "Ficar atrás de um partido de extrema direita", disse Medina, "é um dia que nos deixa profundamente chocados", afirmou, num comentário no canal Now.
Evitando explicar, por exemplo, se acha que as eleições internas no PS devem ser antecipadas, Medina, que tem sido apontado por um dos possíveis sucessores, disse estar na expectativa sobre as declarações do secretário-geral.
"Devemos aguardar pelo que nos vai transmitir" Pedro Nuno Santos "sobre qual a sua leitura destas eleições e os passos que se seguem", afirmou.
Sobre condições de governabilidade, o ex-ministro do governo de António Costa referiu que a Aliança Democrática vai ter de decidir se "quer isolar a extrema direita" com a ajuda do PS.
"Se [a AD] manifestar com credibilidade a vontade de ter um diálogo estruturado com o PS acho que o PS deve ter as portas abertas para excluir a extrema direita da governabilidade", disse.
Catarina Almeida Pereira
O Livre já conseguiu superar o resultado, até então histórico, obtido no ano passado. O partido liderado por Rui Tavares conseguiu eleger um total de cinco deputados, após Paulo Muacho ser eleito por Setúbal.
O Teatro Thalia, onde o Livre montou o quartel-general em Lisboa, irrompeu em festa aquando da eleições do seu quinto elemento para a Assembleia da República, significando uma maior presença do que na última legislatura.
O partido elegeu dois deputados por Lisboa, dois pelo Porto e um por Setúbal. Os votos ainda não estão todos contabilizados e o Livre ainda pode somar mais mandatos.
Inês Pinto Miguel
Perante um resultado que pode representar a pior votação para o PS, Mariana Vieira da Silva diz que o partido "tem que entender estas eleições como sendo um momento em que temos que perceber que não é para estarmos em eleições daqui a um ano ou daqui a dois anos", afirmou no comentário no canal Now.
A ex-ministra da Presidência e que foi braço direito de António Costa sublinhou que o PS "tem que contribuir para a estabilidade, porque a instabilidade e o número excessivo de eleições só têm ajudado um partido, e esse partido é o Chega."
Vieira da Silva pediu depois "clareza" a Luís Montenegro "quanto ao programa (...) porque uma vitória tem sempre de corresponder a alguma responsabilidade", assumindo que a derrota do PS é "grande quer fique em segundo, quer fique em terceiro, porque o facto de estarmos a esta hora tardia, ainda sem saber que resultados temos, deve fazer com que nós assumamos essa responsabilidade e façamos a reflexão."
Para a ex-ministra e dirigente socialista, "o que é importante é que o Partido Socialista possa avaliar porque é que chegámos até aqui", concluindo que "é um dia triste para a democracia portuguesa por causa desta subida do Chega."
O Livre não pára de acrescentar deputados ao seu grupo parlamentar. Pelas 23h15 adicionou Patrícia Gonçalves à lista de deputados eleitos pelo círculo de Lisboa.
Patrícia Gonçalves é deputada na Assembleia Municipal de Lisboa desde outubro de 2017, tendo sido eleita pela coligação Lisboa Precisa de Todos.
Lisboa lidera com três deputados, Porto soma dois e Setúbal tem um.
Jorge Pinto foi o primeiro deputado a ser eleito pelo partido e, para já, Patrícia Gonçalves foi o último nome adicionado à lista.
As primeiras projeções apontavam que o Livre poderia eleger entre oito a 10 deputados para a nova legislatura. Até agora, o Livre já conseguiu ultrapassar o número de deputados que tinha no grupo parlamentar, onde somava quatro nomes.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, diz que "nesta campanha eleitoral, afirmámos a CDU como a grande força de coragem, seriedade e confiança".
Já tendo eleitos três deputados, o líder da CDU refere que "o resultado da CDU, marcando resistência num quadro partiularmente exigente e face a múltiplos vaticínios, não reflete nem a expressão de apoio e de reconhecimento que a campanha mostrou nem o que a situação do país exigia". Ainda assim, Paulo Raimundo destacou que, "ao que tudo indica, manteremos o mesmo número de deputados na Assembleia da República".
À medida que teceu duras crítica ao crescimento da direita no Parlamento, o secretário-geral do PCP destacou que "este não é o tempo para dar a mão à direita".
João Duarte Fernandes
Após horas de espera, apenas depois das 23h00 o Bloco de Esquerda (BE) elegeu um deputado, a líder do partido. Enquanto discursava para reconhecer a derrota eleitoral perante os apoiantes, Mariana Mortágua recebeu a notícia da eleição pelo círculo de Lisboa.
No discurso, a coordenadora do Bloco de Esquerda classificou a derrota desta noite como "avassaladora" mas deixou a garantia que não vai deixar a liderança do BE. "Encabeço uma moção e mantenho inteiramente esse compromisso", afirmou.
"Quero dar uma garantia à esquerda: o Bloco esta aqui, estamos todos cá com muito trabalho pela frente para alargar a esquerda e enfrentar a extrema-direita", acrescentou a bloquista .
A líder do partido reconheceu que sabia desde o arranque da campanha que esta seria "difícil" e "a campanha das nossas vidas", porque "há uma viragem à direita no mundo, na Europa, no mundo, mas também em Portugal que é avassaladora e leva mais do que deputados e votos da direita, leva a esperança e arrasta a ideologia do medo e ódio".
Mariana Mortágua admitiu ainda que "uma derrota importante, o Bloco tem uma grande derrota que é importante assumir com toda a humildade e frontalidade".
Apesar da derrota, a líder do BE considerou que foi "uma boa campanha, mobilizámos muita gente, fizemos porta a porta pela primeira vez, da qual nos orgulhamos, necessária para aguentar tempos difíceis".
Cláudia Arsénio
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) acaba de assegurar a manutenção de representação na Assembleia da República (AR) com a eleição de Inês Sousa Real, porta-voz do partido, pelo círculo de Lisboa.
Inês Sousa Real admitiu que o resultado alcançado pelo PAN com a eleição de um único deputado pelo partido não é o que se esperava. "Como porta-voz do PAN e como deputada única tenho a consciência que este não é o resultado que nós gostaríamos de ter tido. Gostaríamos de ter elegido um grupo parlamentar", referiu a porta-voz do PAN em declarações esta noite.
Eleito pela primeira vez à AR em 2015, o PAN chegou a contar com um grupo parlamentar composto por quatro deputados, após as legislativas de 2019, no entanto, em 2022, voltou a eleger apenas um deputado, representação que igualou nas legislativas de 2024 e que agora mantém.
João Duarte Fernandes

Nuno Melo, o homem-forte do CDS, viu o seu discurso interrompido por fortes aplausos, depois da contabilização dos votos darem uma clara vitória à AD.
No discurso, Nuno Melo agradeceu a Luís Montenegro, aos eleitores e aproveitou para deixar uma crítica aos partidos da oposição, considerando a crise política como "desnecessária".
"A AD voltou a vencer as eleições, reforçando o resultado de há um ano, em percentagem, votos e mandatos", disse Nuno Melo, que assumiu a tutela da Defesa na legislatura atualmente em gestão.
Para o líder do CDS, ficou então "demonstrado que a crise política criada pelas oposições era totalmente desnecessária. O PS foi fortemente penalizado e sofreu uma pesada derrota".
Nuno Melo disse ainda para o PS tirar notas do resultado, pedindo que este "sirva de lição ao PS" e apelando a um maior "sentido de responsabilidade" para o futuro.
"Foi também reforçada a legitimidade e credibilidade do projeto que junta o PSD e o CDS", adiantou Nuno Melo.
Inês Pinto Miguel
Numa noite eleitoral com um vencedor preanunciado, a Aliança Democrática (AD), os holofotes viraram-se para o Chega, que viu a sua representação na Assembleia República fortemente reforçada.
A AD ganhou, mas sem a maioria desejada (ficou com 89 deputados), nem mesmo numa coligação com a Iniciativa Liberal (elegeu nove deputados), com o partido liderado por André Ventura a lutar, voto a voto, com Pedro Nuno Santos, do PS, pela segunda posição.
De 50, passou para 58 deputados, os mesmos que os socialistas (antes dos votos da emigração). O PS teve o terceiro pior resultado da sua história, mas não foi o único partido da esquerda a ter uma noite má. A CDU perdeu um deputado (passando para três), a bancada parlamentar do Bloco passou de cinco para apenas um.
Só o Livre brilhou: tem, agora, seis deputados.
O PAN manteve o lugar, sendo que o JPP surpreendeu ao entrar na Assembleia da República.
Paulo Moutinho

O Livre conseguiu eleger um total de seis deputados, acrescentando dois ao seu grupo parlamentar, quando comparado com as eleições do ano passado.
Rui Tavares, líder do partido e deputado eleito à Assembleia da República, declarou que "este é o início da reviravolta". O Livre posicionou-se como a quinta força política, atrás da Iniciativa Liberal, com uma diferença de três deputados, e à frente do PCP, também com uma diferença de três.
O fundador do Livre agradeceu a todos os que votaram no partido, e indicou que vão "dinamizar um grande movimento", considerando não ser "normal ter um país em que a direita se radicalizou".
"É uma noite agridoce, sim", referindo-se à subida do Chega nestas eleições, quando comparada com a das últimas eleições.
Rui Tavares aproveitou ainda para lançar metas para o futuro: "Nós queremos ficar à frente da IL, para depois podermos esvaziar a extrema-direita. […] E a IL não está assim tão longe, não perdem pela demora".
Inês Pinto Miguel

Pedro Nuno Santos vai deixar a liderança do PS, após a derrota eleitoral nas legislativas deste domingo. "Assumo as minhas responsabilidades, como sempre fiz", disse o secretário-geral a partir da sede de campanha do partido. Anunciou que vai pedir ao presidente do partido para convocar eleições diretas e não se irá recandidatar ao cargo de secretário-geral. A saída tem efeitos assim que possível. "Não quero ser um estorvo ao partido" nas decisões governativas que terá de tomar, sendo que a data do congresso será agora decidida pela Comissão Nacional do PS.
O grupo parlamentar do PS caiu para 58 deputados, após o partido ter conseguido apenas 23,4% dos votos e de não ser ainda certo se não passa para terceira força política, atrás do Chega. O socialista assumiu-se como derrotado da noite e já ligou ao líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, a felicitá-lo pela vitória.
Contudo, o líder do PS garante: "A mim não me cabe ser o suporte deste Governo e penso que esse papel não deve caber ao Partido Socialista." E deu três razões para isso: considerar que Luís Montenegro não tem a idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro, este liderar um Governo "que falhou" e também a AD ter apresentado um programa que "vai contra os valores do PS".
"São tempos duros e díficeis para a esquerda. São tempos duros e díficeis para o Partido Socialista e por isso valorizo ainda mais cada voto que conseguimos ter. Foi uma campanha alegre e entusiasmada. Nós não provocámos esta eleições, mas queríamos vencê-las. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não conseguimos vencer. O povo português falou com clareza e nós respeitamos", afirmou.
Alertou ainda que a extrema-direita está "mais violenta", o que se "viu" na campanha, segundo Pedro Nuno Santos. Defendeu ainda que a alternativa à AD "não pode ser o Chega".
Leonor Mateus Ferreira
A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo deverá situar-se nos 35,62%, a mais baixa em 30 anos, quando em outubro de 1995 ficou nos 33,70%.
Estes valores não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.
A taxa de abstenção baixou nas duas últimas eleições legislativas, depois da tendência de subida durante décadas, tendo alcançado em 2019 o valor mais elevado desde 1975 ao atingir os 51,43%.
A taxa de abstenção nas eleições legislativas de 2024 situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74% e José Sócrates alcançou a primeira maioria absoluta do PS.
Nas legislativas de 30 de janeiro de 2022, quando António Costa foi reeleito com maioria absoluta, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, verificando-se já uma participação eleitoral superior à registada nas eleições de 2019, ano em que a abstenção atingiu o recorde de 51,43% e em que foram mais os não votantes do que os votantes.
Desde as legislativas de 1995, em que ficou nos 33,70%, que a abstenção não registava um valor tão baixo como o sufrágio de domingo.
Só em 1980, 2002, 2005, 2022 e 2024 houve quebras na galopante taxa de eleitores ausentes das mesas de voto desde 25 de abril de 1975 (o menor valor, de 8,34%).
- Abstenção em eleições legislativas:
08,34% - 25 abr 1975 (Constituinte).
16,47% - 25 abr 1976.
17,13% - 02 dez 1979 (intercalares).
16,06% - 05 out 1980.
22,21% - 25 abr 1983.
25,84% - 06 out 1985.
28,43% - 19 jul 1987.
32,22% - 06 out 1991.
33,70% - 01 out 1995.
38,91% - 10 out 1999.
38,52% - 17 mar 2002.
35,74% - 20 fev 2005.
40,32% - 27 set 2009.
41,97% - 05 jun 2011.
43,07% - 04 out 2015.
51,43% - 06 out 2019.
48,54% - 30 jan 2022.
40,16% - 10 mar 2024.
Lusa
O líder da Aliança Democrática (AD), a força política mais votada nas eleições deste domingo, disse que "todos devem ser capazes de dialogar". Para Luís Montenegro, os resultados mostram que "os portugueses querem uma legislatura de quatro anos".
"O povo aprovou de forma inequívoca um voto de confiança no Governo, na AD e no atual primeiro-ministro", afirmou Luís Montenegro, no discurso de vitória da noite eleitoral. Os resultados mostram, considerou o líder social-democrata, que o povo escolheu o programa da AD e o atual primeiro-ministro sejam "a base e o coordenador" da governação.
"Todos devem ser capazes de dialogar e de pôr o interesse nacional acima de qualquer outros interesses", defendeu, considerando que ao Governo e o primeiro-minisstro também têm o dever acrescido de negociar.
"Os portugueses não querem mais eleições antecipadas. Querem uma legislatura de quatro anos e exigem que percebam, que respeitem e que honrem a sua palavra, livre e democratica [nas urnas]", frisou.
Susana Paula
André Ventura não tem dúvida de que o Chega é agora o segundo maior partido em Portugal.
"Daqui a poucos dias" essa será uma realidade, assegurou, referindo-se aos votos da diáspora, que ainda serão contabilizados e que podem, se os resultados de há um ano se repetirem, colocar esta força política apenas atrás da AD na geometria parlamentar. Nas legislativas de 2024, o Chega conseguiu dois dos quatro mandatos em jogo.
"Não vou parar até ser primeiro ministro", garantiu Ventura no discurso de reação aos resultados no quartel-general do partido.
Hugo Neutel
Luís Montenegro responde agora a respostas dos jornalistas e, questionado sobre a linha vermelha traçada contra o Chega, o líder da Aliança Democrática (AD), apelou à responsabilidade de todos os partidos que foram eleitos para o Parlamento neste domingo.
"Dentro do cumprimento dos compromissos que assumi em nome da AD e deste espírito de 'sim é sim a Portugal', tenho a certeza absoluta do sentido de responsabilidade [das outras forças políticas], não só para a assunção plena de funções de Governo, mas após a sua investidura, para o próprio funcionamento da legislatura em quatro anos, que é o normal na nossa democracia", afirmou.
"Cabe a todos aqueles que hoje receberam um mandato do povo garantir que exista estabilidade política", disse o ainda primeiro-ministro em gestão. "Tudo faremos para assegurar essa estabilidade", acrescentou.
Para Luís Montenegro, "não me parece que haja outra solução de Governo do que a que emana da vontade do povo português", em termos aritméticos isso só seria possível numa coligação entre PS e Chega - "não é em nenhum cenário crível".
O social-democrata disse que espera as audições do Parlamento para se pronunciar sobre a composição de Governo. E disse não querer antecipar negociações com outros partidos.
Susana Paula
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