Lisboa despede-se de Soares
Em silêncio, alguns com flores na mão, um ou outro com uma bandeira, um grupo de pessoas esperou esta segunda-feira, 9 de Janeiro, o cortejo fúnebre de Mário Soares frente aos Paços do Concelho, antes de o corpo seguir para o Mosteiro dos Jerónimos, onde estará durante todo o dia em câmara ardente.
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Em frente à entrada principal da Câmara Municipal aguardavam os representantes da autarquia e foi com aplausos que todos receberam o carro funerário onde, sem flores e coberto apenas pela bandeira de República, seguia o corpo do ex-Presidente.
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O presidente da Câmara, Fernando Medina -ladeado pelos vereadores, deputados municipais, presidentes de junta da cidade e pessoal da autarquia - prestou uma última homenagem e assistiu à trasladação da urna de Soares para um armão da GNR puxado por quatro cavalos brancos e enfeitado com rosas amarelas.
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O carro com a urna do ex-Presidente da República passara já antes pela casa onde este sempre viveu, no Campo Grande, e atravessara a cidade. A praça do Município foi o primeiro ponto alto da homenagem que está preparada para hoje.
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"Devemos-lhe muito, não há forma de lhe agradecermos", diria mais tarde Fernando Medina em declarações aos jornalistas presentes. "Deixa um grande exemplo, uma lição de coragem e dedicação e Portugal, de luta pela democracia e pela tolerância. Uma personalidade única".
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Em frente à autarquia, com a bandeira de cidade a meia haste e duas fotos gigantes de Soares penduradas na fachada, todos os que seguiam no cortejo saíram para acompanhar a cerimónia. Entre eles os filhos de Mário Soares, João e Isabel – esta com uma rosa amarela na mão –, Eduardo Barroso e vários outros familiares. Jonas e Lilá, os netos mais novos, entregaram à GNR o Grande Colar da Ordem de Torre e Espada e o Colar da Ordem e liberdade, duas das condecorações que o avô recebeu ao longo da vida e que foram transportadas para os Jerónimos.
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Ladeado por 84 soldados da GNR, montados a cavalo, o cortejo seguiu depois pela Ribeira das Naus em direcção ao Cais do Sodré e a Belém, onde o corpo do ex-presidente da República ficará durante todo o dia em Câmara ardente na Sala dos Azulejos nos Jerónimos. Antes, num gesto simbólico, Fernando Medina prendeu um cravo vermelho à bandeira de Portugal que cobria a urna.
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(notícia corrigida às 15:15 com mais informação)
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