Marcelo quer fortalecer presença de Portugal na NATO
O Presidente da República defendeu esta quinta-feira, 10 de Março, que Portugal deve reforçar a presença na NATO e apostar numa União Europeia mais avançada, além da construção de "um novo dia" com os parceiros africanos.
PUB
Na sua primeira intervenção após a posse perante o corpo diplomático acreditado em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a "vontade de fortalecer a nossa presença na Aliança Atlântica" no combate ao "flagelo" do terrorismo, a par do aprofundamento da relação com os "aliados" dos EUA.
As reservas dos partidos à esquerda do PS quanto à presença de Portugal na Aliança Atlântica e na Zona Euro levaram o anterior Presidente da República, Cavaco Silva, a argumentar que "nunca os governos dependeram de forças políticas antieuropeístas" na intervenção em que indigitou Passos para formar o Governo.
PUB
Mais tarde, depois de garantias de Costa quanto ao respeito pelo projecto europeu, euro e NATO, Cavaco Silva acabaria por empossar António Costa, com o apoio parlamentar de PCP, BE e PEV.
Já no discurso de posse, Marcelo tinha frisado a necessidade de Portugal ser fiel "aos compromissos a que soberanamente nos vinculámos" e esta quinta-feira sublinhou a mesma ideia: "Exercerei assim o meu cargo no estrito cumprimento da Constituição e dos compromissos internacionais assumidos". E acenou com as 28 páginas do programa de Governo que definem a política e as prioridades da política externa para reafirmar essa aposta.
PUB
Argumentando ser "tão simples perceber a política externa portuguesa", Marcelo defendeu uma "aposta de forma resoluta e sem hesitações" na União Europeia, para que o espaço dos 28 seja "mais avançado, harmonioso, unido, com papel mais coeso na ordem mundial", além do reforço da confiança entre portugueses e cidadãos de países africanos para obtenção de "vantagens mútuas".
O Chefe de Estado manifestou por outro lado vontade de participar na assembleia-geral das Nações Unidas, num "sinal claro da nossa aposta no multilateralismo" e aproveitou para defender a candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU. "António Guterres será um brilhante secretário-geral das Nações Unidas. É certamente o vulto mais brilhante da minha geração", caracterizou.
PUB
Depois, referindo-se ao Reino Unido, mas sem se pronunciar directamente sobre a questão do referendo que os britânicos vão realizar a 23 de Junho, Marcelo "no respeito da soberania", disse prezar "a integração europeia desse grande estado europeu".
Saber mais sobre...
Saber mais Presidente da República Portugal NATO União Europeia Marcelo Rebelo de Sousa Aliança Atlântica Cavaco Silva chefes de estado governo (sistema) políticaMais lidas
O Negócios recomenda