Ventura é oficialmente candidato a PR, mas preferia que fosse Passos Coelho
O líder do Chega, André Ventura, anunciou oficialmente esta terça-feira que será candidato a Belém nas eleições presidendiais de 2026, como tinha sido já noticiado.
Contudo, numa longa explicação sobre a candidatura, Ventura salientou que esta não era a sua primeira intenção. “Não desejei estas eleições presidenciais, não desejei ser candidato. O líder da oposição não tem como vocação primeira ser candidato a Presidente da República”.
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Após uma longa procura por um candidato que “estivesse à altura” e “conseguisse chegar à segunda volta”, Ventura admite que “falhou na tarefa de conseguir esta alternativa”. Disse também preferir que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho fosse candidato.
Assim, para evitar uma “candidatura fraca”, Ventura decidiu avançar. “Nunca deixarei que o Chega tenha uma candidatura para perder.” A candidatura, refere, “não é o meu desejo neste momento, mas é a melhor forma de liderar a oposição em Portugal”.
No entendimento de Ventura, se chegar à segunda volta, “será criado um movimento político capaz de derrotar PS e PSD”, numa lógica de “sistema contra o antissistema”.
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Ventura admite que as eleições presidenciais serão um risco para o partido, mas citou o líder histórico social-democrata Sá Carneiro, para dizer que "a política sem risco é uma chatice".
Sobre os seus adversários, nomeadamente o almirante na reserva Gouveia e Melo e o ex-líder do PSD Marques Mendes, Ventura atirou que "trouxeram para a sua candidatura o pior que o sistema tem".
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