pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

As principais ações dos três primeiros meses do novo Presidente dos EUA

A Casa Branca recuperou o multilateralismo para reafirmar os EUA na cena global e também para conter a ameaça chinesa. A saída do Afeganistão é uma continuidade face às administrações anteriores.

Lusa_EPA/reuters
20 de Abril de 2021 às 10:45
  • Partilhar artigo
  • ...

Regresso ao multilateralismo

Logo a 20 de janeiro, Joe Biden assinou duas ordens executivas que consagram o regresso dos Estados Unidos à ordem multilateral de que foram os principais construtores no seguimento da Segunda Guerra Mundial. Ordenou o reingresso do país no Acordo de Paris sobre alterações climáticas, assim como o fim do processo de saída da Organização Mundial da Saúde.

Biden sabe que a multipolaridade crescente e a ascensão chinesa não permitem recuperar o mundo unipolar liderado por Washington, daí a importância reforçada da cooperação multilateral para devolver os EUA a uma posição liderante.

travar o principal rival: a China

Biden assumiu que a China é o principal rival dos EUA ao nível económico e militar. Além de reavivar o compromisso americano com a NATO (mantendo a ideia de necessidade de um papel mais ativo da Europa na garantia da sua segurança) e com a União Europeia, Biden promoveu uma cimeira de segurança quadrilateral com Japão, Índia e Austrália.

Por outro lado, como salienta o professor Carlos Gaspar, em entrevista ao Negócios, antes da cimeira bilateral realizada com a China, no Alasca, os responsáveis americanos pela política externa e pela defesa consultaram as autoridades do Japão, Coreia do Norte e Índia, procurando reforçar a cooperação com aliados regionais que também têm a ganhar com a contenção de Pequim. A cimeira EUA-China ficou marcada por diplomáticas acusações de parte a parte.

Fim da guerra mais longa dos EUA

A presença militar norte-americana no Afeganistão deixará de ser uma realidade até 11 de setembro, o que a confirmar-se assinalará o fim da guerra mais longa da História dos Estados Unidos. Com esta decisão, Biden dá continuidade às orientações dos Presidentes Obama e Trump.

A inexistência de uma solução militar, a ameaça crescente de ataques talibãs a tropas da NATO e a fadiga da opinião pública americana ditaram uma decisão que, apesar de esperada, abre um capítulo de incerteza renovada no Médio Oriente cujas consequências são imprevisíveis.

Expansionismo económico

Um plano de emergência de 1,9 biliões de dólares e um plano de infraestruturas superior a 2 biliões de dólares para criar empregos configuram uma aposta de peso no relançamento económico e na reconversão da economia americana.

Para financiar tamanha ambição, a Casa Branca vai aumentar impostos, ocasião que já levou também ao relançamento de um debate internacional com vista à criação de um imposto global mínimo sobre as empresas.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio