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BE defende revisão laboral para permitir equilíbrio entre vida pessoal e profissional

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira a alteração da legislação laboral para facilitar a conciliação entre a vida profissional e pessoal, principal preocupação apontada pelos portugueses no "Estudo Global de Confiança dos Consumidores".

Catarina Martins Convenção Bloco de Esquerda
Catarina Martins Convenção Bloco de Esquerda Miguel Baltazar
04 de Setembro de 2017 às 13:44

"É um forte sinal de que o BE tem razão quando diz que é essencial alterar a legislação laboral e voltar a recuperar direitos básicos que permitam às pessoas ter um trabalho com horários mais regulados, com um salário mais valorizado, que combata a precariedade e possa permitir essa conciliação entre a vida familiar e profissional que é aquilo que as pessoas mais ambicionam em Portugal e com que mais se preocupam", disse, referindo-se ao estudo que foi conhecido esta segunda-feira, 4 de Setembro, e que aponta que o índice de confiança dos portugueses subiu para níveis nunca antes alcançados.

Catarina Martins falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde participou numa acção de pré-campanha para eleições de 1 de Outubro realizada no mercado semanal local, onde aproveitou para dar a conhecer a candidatura bloquista à Assembleia Municipal do Fundão, que marca a estreia deste partido nos combates autárquicos do concelho.

Depois de contactar com vários populares e vendedores, Catarina Martins lembrou os indicadores do Estudo Global de Confiança dos Consumidores, apresentados no relatório internacional da Nielsen, e referiu que a subida do índice de confiança dos portugueses representa "um sintoma claro de confiança da população numa solução política que tem permitido a recuperação dos rendimentos do trabalho, salários e pensões".

No que se refere à preocupação manifestada relativamente à conciliação entre a vida profissional e familiar, a líder do BE frisou que tem de se continuar a travar a batalha pela "reconstituição dos direitos do trabalho" e pelas "alterações da legislação laboral".

Questionada sobre a questão da Autoeuropa, Catarina Martins apontou essa situação como um sintoma da "necessidade que existe de conciliação da vida profissional, com o direito à vida familiar".

A coordenador do BE escusou-se, contudo, a comentar as queixas de partidarização do processo: "O que BE tem dito fala por si próprio. A Autoeuropa tem uma experiência de democracia na tomada de decisão pelos seus trabalhadores que não existe em mais nenhuma empresa em Portugal e, portanto, são os trabalhadores que decidem e definem a sua luta", apontou.

Catarina Martins recusou igualmente as acusações de eleitoralismo feitas pelo PSD relativas ao anúncio de medidas para o Orçamento do Estado para 2018 e reiterou que, "infelizmente, a direita não tem nenhuma proposta para o país.

"A direita está fora de jogo e as negociações fazem-se à esquerda", acrescentou.

Confrontada com a proposta do CDS-PP para a redução do IRC, a coordenadora do BE disse que "é própria das características da direita" por pretender privilegiar as grandes empresas, mantendo o IRS para os trabalhadores.

O Estudo Global de Confiança dos Consumidores, realizado pela Nielsen, baseia-se num inquérito 'online' a 30.000 inquiridos em 63 países e foi realizado em Portugal entre os dias 20 de Maio e 10 de Junho, com uma amostra de 499 inquiridos.

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