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Geringonça entra em Harvard

O politólogo António Costa Pinto vai falar da solução governativa portuguesa numa conferência sobre o futuro da esquerda europeia, agendada para 11 de Abril na reputada universidade do estado de Massachusetts.

costa com catarina
costa com catarina Miguel Baltazar
06 de Março de 2017 às 09:43

O Centro de Estudos Europeus da Universidade de Harvard vai organizar a 11 de Abril um simpósio sobre o futuro da Esquerda no Velho Continente e um dos temas em análise será a solução governativa portuguesa, assente num governo do PS com o apoio do Bloco de Esquerda, PCP e Verdes no Parlamento.

A alocução estará a cargo do politólogo português António Costa Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que desde o início deste ano está como professor visitante na Universidade de Nova Iorque. Ao DN, frisou que Portugal "aparece como a excepção simpática" numa UE onde os populismos crescem em países como França, Holanda, Itália ou Polónia.

Há poucas semanas, a chamada geringonça, erguida pelas esquerdas unidas, foi alvo de atenção do candidato socialista às Presidenciais francesas, Benoît Hamon, que esteve em Portugal durante dia e meio para tentar perceber como foi possível ao primeiro-ministro português negociar um Executivo suportado pelos partidos da extrema-esquerda, até então sempre distantes de responsabilidades executivas.

Sensivelmente um ano antes, em Janeiro de 2016, também Pedro Sánchez, que era então o secretário-geral do PSOE (socialistas espanhóis), veio a Lisboa apenas duas semanas depois da realização das eleições legislativas em Espanha que resultaram num Parlamento fragmentado e sem soluções evidentes de Governo.

Num texto publicado a 24 de Fevereiro, o site Politico escreveu que "os socialistas europeus que estão à procura da fórmula para reverter o seu declínio eleitoral estão a folhear dicionários para encontrar a tradução da palavra portuguesa geringonça". Apesar desta "história improvável de sucesso" que leva cerca de 15 meses, a publicação especializada frisou que será difícil reeditar uma solução governativa deste género noutros países que estão com eleições à porta, como Holanda, França ou Alemanha.

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