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Jerónimo Sousa pede apuramento da verdade sem julgamentos antecipados

O secretário-geral do PCP, Jerónimo Sousa, disse hoje não querer comentar a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, afirmando que deve haver o apuramento de toda a verdade sem julgamentos antecipados.

Correio da Manhã
22 de Novembro de 2014 às 16:51

"Em função da pessoa que é não alteramos a nossa posição de princípio, que é a de que deve haver o apuramento de toda a verdade, o funcionamento da investigação e da Justiça e não apressar julgamentos ou condenações. Consideramos que ninguém está cima da Lei, e é nesse sentido a exigência do apuramento", declarou.

O líder do PCP falava aos jornalistas à margem de um almoço comício do PCP em Albergaria-a-Velha, em que considerou que o país vive uma situação de desastre nacional a que a política de direita o conduziu, porque o poder político está refém do poder económico, sucedendo-se os casos de corrupção ao mais alto nível.

Jerónimo Sousa salientou que os partidos não são todos iguais e que o PCP é a alternativa a essa política.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite, quando chegava ao aeroporto de Lisboa proveniente de Paris, no âmbito de um processo de suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

Esta é a primeira vez na história da democracia portuguesa que um antigo primeiro-ministro é detido para interrogatório.

Além de Sócrates, foram detidos, na quinta-feira, o empresário Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o motorista João Perna, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao início da tarde de hoje.

A PGR esclareceu também que o "inquérito teve origem numa comunicação bancária efectuada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais".

O inquérito investiga "operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível".

A PGR adiantou ainda tratar-se de uma "investigação independente de outros inquéritos em curso, como o Monte Branco ou o Furacão, não tendo origem em nenhum destes processos.

Os interrogatórios, iniciados na sexta-feira, estão a decorrer no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, e "foram retomados já este sábado", acrescentou a PGR.

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