O primeiro-ministro entrega esta tarde em Belém a lista dos novos ministros, escreve o Expresso, que diz que Luís Montenegro já tem a lista fechada.

O objetivo é dar posse aos novos ministros esta quinta-feira, pelas 18h, e aos secretários de Estado no dia seguinte, na sexta.

O jornal refere a hipótese da criação de um ministério da Modernização Administrativa, que estava com Margarida Balseiro Lopes (juntamente com a Juventude) e acrescenta que um dos nomes dados como possível novidade é o de Gonçalo Matias, ex-secretário de Estado do governo de Passos Coelho.

Já a SIC, que também diz que Marcelo Rebelo de Sousa cancelou a viagem que tinha agendada à Alemanha, para o jogo da Liga das Nações, indica que Ana Paula Martins deverá ser reconduzida como ministra da Saúde e que as ministras da Administração Interna, Margarida Blasco, e da Cultura, Dalila Rodrigues, não devem ser reconduzidas. Quem poderá também estar de saída, de acordo com informação obtida pelo Negócios, é ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Esta última saída, a concretizar-se, terá como pano de fundo as buscas realizadas na semana passada pela PJ à empresa Gesticopter, por suspeitas de corrupção em concursos para a aquisição de helicópteros, a qual tem ligações ao cunhado e ao irmão do ainda ministro.

O Presidente da República confirmou, mais tarde, durante uma visita à Feira do Livro, que conta receber esta quarta-feira o primeiro-ministro, que lhe deverá apresentar a composição do XXV Governo Constitucional. Marcelo Rebelo de Sousa referiu que na quinta-feira poderá dar posse apenas ao primeiro-ministro e aos ministros, ficando a posse dos secretários de Estado para outro dia, provavelmente sexta-feira.

"Agora vou dar uma volta na feira, almoço aqui na feira e depois vou para Belém para receber o senhor primeiro-ministro", declarou.

Quanto às datas de posse dos membros do Governo, o chefe de Estado ressalvou: "Só posso confirmar depois de estar com o senhor primeiro-ministro".

Marcelo admite presidenciais em 18 de janeiro

Durante a mesma visita, o Presidente da República admitiu convocar as eleições presidenciais do próximo ano para 18 de janeiro e disse esperar que o seu sucessor ou sucessora goste de livros tanto ou mais do que os antecessores.

Em declarações aos jornalistas, na Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que não irá comentar as candidaturas à sua sucessão: "Não me vou pronunciar daqui até à eleição, que é em janeiro, espero que 18 de janeiro, ainda nem sequer fixei a data".

Há seis meses, o chefe de Estado tinha indicado que tencionava marcar as presidenciais de 2026 para outra data, 25 de janeiro, calhando nesse caso uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.

Notícia atualizada às 13.23 com informação sobre António Leitão Amaro e às 14.39 com declarações de Marcelo Rebelo de Sousa