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Passos Coelho: “Não entramos no leilão das facilidades”

O presidente do PSD falou num “esforço colossal” para cumprir a “principal missão” do Executivo – “dispensar a troika” – e lançou um forte ataque à liderança de António Costa, já em contexto de campanha eleitoral.

pedro passos coelho paulo portas coligação guimarães
pedro passos coelho paulo portas coligação guimarães Paulo Duarte
16 de Maio de 2015 às 22:20

Pedro Passos Coelho promete "construir qualquer coisa de positivo em cima" do que foi alcançado nesta legislatura, dizendo-se "mais certo que este é o rumo que tem de ser prosseguido" depois de ouvir as promessas eleitorais já lançadas pelo Partido Socialista. "Não oferecemos promessas fáceis, ilusões e facilidades. Não entraremos nesse leilão. As pessoas podem contar com responsabilidade, prudência e exigência. É desta massa que será feita a recuperação do nosso país", referiu.

Perante cerca de 1.500 apoiantes no primeiro jantar-comício da coligação de direita para as legislativas de Outubro, o líder social-democrata aproveitou para desferir um duro ataque ao opositor socialista, considerando que "[festejou] cedo de mais a alternativa", lembrando que "até mudou a liderança porque a anterior não tinha boas sondagens" e que agora "começa a perguntar-se se a vitória está assim tão adquirida".

"O país percebe que o resultado das eleições não está fechado. Desenganem-se aqueles que acham que têm o direito natural de governar. Agora que pagamos as dívidas e arrumámos a casa, a esquerda quer voltar ao Governo. Não há direitos naturais, temos de nos esforçar muito para merecer a confiança dos portugueses. Nunca deitámos a toalha ao chão nem fizemos o mais fácil", apontou Passos Coelho, que falou ainda num "esforço colossal do governo para chegar a resultados".

O líder laranja vestiu por momentos o fato de primeiro-ministro para recordar que "este governo cumpriu a sua principal missão: dispensar a troika, que o governo anterior chamou" e conseguiu que "o sentido de responsabilidade e de compromisso valesse mais do que tudo o resto", numa aparente referência aos desaguisados com o parceiro de coligação, que também marcaram a legislatura que agora termina.

Coligação pré-eleitoral pela estabilidade política

Menos afável no trato coloquial com Paulo Portas – que antes o tratara mesmo por "caro Pedro" –, garantiu que, "ao contrário do que se diz, (…) não [precisa] da troika para fazer o que é preciso". À partida para as suas segundas eleições como presidente do PSD, reclamou que "este governo cumpriu o que os portugueses esperavam que [cumprisse]" e que vai batalhar por um país "onde os portugueses contem pelo seu mérito e não precisem do cartão partidário para chegar onde querem", desde que se esforcem e dediquem.

Momentos antes de assinar, em Guimarães, o acordo de coligação já ratificado pelos conselhos nacionais dos dois partidos – o anúncio da coligação tinha sido feito na noite de 25 de Abril -, Pedro Passos Coelho explicou ainda aos apoiantes que, se social-democratas e democratas-cristãos tivessem optado por esperar pelo dia seguinte às eleições, estariam a dar aos portugueses um "sinal" de que não estimam o valor da estabilidade política.

"Nada nos é oferecido do céu ou do exterior. Vontade não nos falta e os resultados mostram que somos capazes. E, se somos capazes, porquê esperar pelo dia a seguir as eleições? PSD e CDS quiseram dar aos portugueses a possibilidade de poderem progredir em cima do que alcançaram. De forma segura, aguardaremos a sua escolha. E sabemos que é o povo português que decide", concluiu.

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