Farmacêutica Novo Nordisk faz "swap" nas lideranças de Portugal e Espanha

Mads Larsen ruma ao país vizinho, de onde chega a luso-americana Olga Insua para dirigir a operação nacional. A maior fabricante mundial de medicamentos para a diabetes emprega meia centena de pessoas em Portugal.
Olga Insua, Novo Nordisk
DR
António Larguesa 03 de Maio de 2018 às 15:23

Dois anos e meio depois de chegar a Oeiras para liderar a operação local da farmacêutica Novo Nordisk, Mads Larsen está de partida para Espanha, onde irá assumir o cargo de director-geral daquela sucursal. Para o lugar do gestor dinamarquês, a multinacional chamou precisamente a luso-americana que liderava a operação no país vizinho, Olga Insua.

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Esta espécie de "swap" (permuta) na gestão dos dois mercados ibéricos foi confirmada ao Negócios pela empresa que fornece mais de metade da insulina a nível mundial, que tem presença directa em 79 países. A equipa com perto de 50 elementos vai ser dirigida por esta licenciada em Comunicação e Filologia Portuguesa pela Rutgers University, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, que soma um percurso de mais de 20 anos na área da saúde e de uma década na Novo Nordisk.

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Citada num comunicado à imprensa, divulgado esta quinta-feira, 3 de Maio, Olga Insua sublinha estar "muito orgulhosa e satisfeita por abraçar este novo desafio não só pela equipa excepcional e empenhada, mas também por ter o privilégio de o fazer num país com o qual [partilha as suas] raízes socioculturais e familiares."

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Mais de um milhão de portugueses tem diabetes, o que coloca o país acima da média europeia e com uma das maiores prevalências da doença no Velho Continente. Um "contexto muito particular", como notou a nova directora-geral, que pretende "trabalhar em conjunto com principais ‘stakeholders’ da saúde para a construção de uma evolução positiva no diagnóstico, prevenção e tratamento da diabetes e obesidade e as multipatologias associadas".

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No primeiro trimestre de 2018, o lucro da dinamarquesa Novo Nordisk caiu cerca de 8%, para 12,4 mil milhões de coroas dinamarquesas (1,66 mil milhões de euros) em relação ao período homólogo, muito devido à desvalorização do dólar. Nos Estados Unidos, a farmacêutica tem tido os seus medicamentos tradicionais para a diabetes sob fogo devido à pressão dos preços.

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Em entrevista ao Negócios, publicada em Setembro de 2016, Mads Larsen lamentava a morosidade na introdução de medicamentos em Portugal, face a outros países. Pedindo também "mais estabilidade", o gestor advertia mesmo que se esses fármacos não chegassem ao mercado isso poderia "condicionar investimentos futuros em investigação e desenvolvimento".

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