pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Quais as características das três vacinas mais próximas da aprovação?

Com diferentes tecnologias, eficácia, condições de conservação, preços e produção, as vacinas da AstraZeneca-Oxford, Pfizer-BioNTech e Moderna são as primeiras em revisão pelo regulador europeu.

Reuters
03 de Dezembro de 2020 às 09:00
  • Partilhar artigo
  • ...

Os resultados dos ensaios clínicos da BioNtech-Pfizer, que vão começar a ser publicados em revistas científicas esta semana, demonstraram 95% de eficácia. A Moderna, que já solicitou ao regulador americano (FDA) uma autorização para o uso da vacina em situações de emergência, reportou uma eficácia de 94,1% na terceira fase de ensaios clínicos, que envolveu 30 mil pessoas, sem efeitos secundários graves. Dentro dos parâmetros dos reguladores, mas inferior à das concorrentes, a rondar os 70%, foi a eficácia geral da AstraZeneca, associada à Universidade de Oxford, embora a taxa suba para 90% entre os que tomaram só meia dose e um mês depois foram inoculados com uma dose completa.

tecnologia utilizada

As vacinas da Pfizer e da Moderna utilizam uma tecnologia inovadora designada RNA. Ambas usam o código genético de uma proteína do vírus encapsulado em pequeníssimas partículas. São inoculadas no organismo e entram dentro das células, que produzem durante um período restrito de tempo as proteínas do vírus. Mais tradicional é o método usado pela AstraZeneca/Oxford, que utiliza um vírus atenuado, neste caso um que induz ou gera constipações em chimpanzés, modificado para não causar doença em humanos. Do ponto de vista genético é alterado para “mascará-lo” de vírus da covid-19 e ser reconhecido pelo sistema imunitário, ficando assim preparado para debelar uma possível infeção.

método de conservação

O RNA é extraordinariamente instável a temperaturas ambiente, o que exige cadeias de frio, assim dificultando e encarecendo toda a logística. No caso da solução experimental da Pfizer são cerca de – 70 graus, mas a da Moderna pode ser mantida em temperatura de congelamento (mínimo de -20 graus), o que torna a conservação mais simples, em comparação com a primeira. Em contraponto, como é tudo sintetizado em laboratório, é mais rápido escalar a produção destas vacinas. Sem necessitar de cadeias de frio, facilitando o armazenamento e o transporte, a vacina da AstraZeneca com Oxford pode ser conservada no frigorífico em temperaturas entre os dois e os oito graus durante um período de seis meses.

preço e produção

Outros critérios relevantes que distinguem estas três vacinas são a capacidade de produção e também o preço. A Pfizer-BioNTech garante uma produção de 50 milhões de doses até ao final do ano e de 1,3 mil milhões em 2021, com o preço negociado com a União Europeia a rondar os 15,5 euros. A Moderna, que segundo a Reuters irá cobrar o equivalente a 21 euros por dose, definiu para este ano o fabrico de 20 milhões e entre 500 e mil milhões no próximo ano. Por fim, AstraZeneca promete produzir em 2021 até três mil milhões desta vacina, que é também a mais barata entre as seis contratualizas com o bloco europeu: 2,5 euros por dose.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio