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Aveleda aposta nos tintos para chegar aos 50 milhões em 2025

Foi na última semana do prazo fixado há seis anos que a dona do Casal Garcia cumpriu o objetivo de vender 20 milhões de garrafas e 40 milhões de euros. Presente nos Verdes, Douro, Bairrada e Algarve, a família Guedes vai apostar nos tintos e investir noutras regiões.

Martim Guedes, Aveleda
Martim Guedes, Aveleda DR
21 de Fevereiro de 2021 às 22:00
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No dia 27 de dezembro houve celebração em Penafiel. Com um espumante Casal Garcia, que seguiu de camião numa encomenda para França, a Aveleda atingiu pela primeira vez 20 milhões de garrafas vendidas num só ano. A par dos 40 milhões de euros de faturação, também atingidos em 2020, estes tinham sido os objetivos traçados no plano estratégico desenhado seis anos antes e resumido em sete páginas, que teve como base de partida menos de 14 milhões de garrafas e 26 milhões de euros de vendas.

"A seguir à crise do ‘subprime’ vivemos um período muito focado em eficiência e contenção de custos, não investimos tanto em expansão. Este plano 2015-2020 foi ambicioso, fizemos investimentos de 40 milhões de euros, algo sem paralelo na história da empresa. Por coincidência, acertámos exatamente nos números, que são a ponta do icebergue. Era muito improvável num planeamento a seis anos", diz ao Negócios o co-CEO, Martim Guedes.

O que também não era expectável era uma pandemia, que ainda ameaçou estas metas. O gestor que pertence à quinta geração da família Guedes, partilhando a liderança com o primo António, diz que "viu as coisas muito complicadas" em meados de 2020, mas o segundo semestre "excedeu expectativas" até fechar o ano com um crescimento homólogo de 2,5 milhões de euros. "Foi baralhar e voltar a dar porque o mix de produtos, clientes e mercados alterou-se completamente", justifica.

A quebra de 40% no canal Horeca (hotelaria e restauração) em Portugal foi compensada em parte pelo retalho, mas sobretudo pela exportação, aproveitando o posicionamento e a notoriedade das marcas. Isso foi particularmente visível no Brasil, o país que teve o desempenho mais forte e contrariou a improbabilidade devido à depreciação cambial de 50%. Apesar do aumento de preço, os brasileiros mantiveram a progressão no consumo e concentraram as compras nas referências mais conhecidas, como Casal Garcia, que é o vinho português mais vendido no Brasil.

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