Agitação no Mar Vermelho traz "stocks" reduzidos de pescada a Portugal

Presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio (Alif) dá conta de atrasos na chegada de matéria-prima às fábricas portuguesas de processamento de pescado, designadamente de pescada, mas garante que não há razão para pânico.
dourada peixe pesca
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Diana do Mar 22 de Janeiro de 2024 às 14:52

A tensão no Mar Vermelho, desencadeada na sequência dos ataques houthi e que tem levado muitas companhias de transporte marítimo a deixar de usar o Canal do Suez para chegar ao Mediterrâneo nas rotas entre a Ásia e a Europa, começa a ter impacto na chegada de matéria-prima às fábricas de processamento de pescado em Portugal, com variedades como pescada.

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"Começa a haver atrasos nas entregas de matéria-prima, porque há contentores à espera devido à alteração das rotas", diz o presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio (Alif), Manuel Tarré, em declarações ao Negócios, a partir da África do Sul, cujo principal porto, da Cidade do Cabo, reporta, "se encontra, por esta altura, bastante congestionado".

Como consequência, em termos genéricos, face à ausência ou cadência de navios sente-se "alguma implicação já" nas entregas de matéria-prima às fábricas de processamento de pescado em Portugal que, neste momento, contam com "stocks" reduzidos de pescada, procedente sobretudo da África do Sul, Nova Zelândia ou Namíbia, sendo que a pesca "não tão boa como o esperado" também contribui, explica. A falta de transporte belisca igualmente a chegada de outras variedades de pescado, como sejam chocos ou lulas, oriundos da Índia.

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Manuel Tarré admite que o cenário é "complicado" e dá conta de que "já se verificam aumentos nos custos". "Pânico não há", afirma, confiante de que "as coisas se vão regularizar".

A Alif, fundada em 1975, representa a indústria de congelação de pescado, bem como a indústria de hortícolas e alimentos pré-cozinhados e congelados, bem como os entrepostos frigoríficos.

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