APG, NPS e Swiss Life já são donos de 81,1% da Brisa e prometem investir 1,2 mil milhões

Com a conclusão da operação, Vasco de Mello passa a presidente do conselho de administração e António Pires de Lima é nomeado CEO. Os novos donos reafirmam intenção de investir 1,2 mil milhões de euros em 15 anos na Brisa.
Pires de Lima
João Cortesão
Maria João Babo 13 de Outubro de 2020 às 17:35

O consórcio liderado pela APG Asset Management concluiu esta terça-feira a aquisição de 81,1% do capital da Brisa, assumindo António Pires de Lima o cargo de CEO e Vasco de Mello o de "chairman".

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Em comunicado, o agrupamento que integra a APG, o Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia (NPS) e a Swiss Life anunciou a conclusão da operação de compra da maioria do capital da Brisa ao grupo José de Mello e ao fundo Arcus por um valor da ordem dos 2,4 mil milhões de euros, assim como a alteração na gestão.

Foi a 28 de abril passado que o consórcio celebrou um acordo de aquisição de uma participação maioritária na Brisa, num negócio que valoriza esse ativo em mais de três mil milhões de euros.

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Citado no comunicado, Jan-Willem Ruisbroek, responsável pela Estratégia Global de Investimento em Infraestruturas da APG, sublinha a intenção de começar a trabalhar "de forma a reforçar a posição da Brisa como referência internacional no setor das infraestruturas e para dar continuidade aos planos de crescimento e de desenvolvimento da empresa, tanto nos seus negócios atuais como futuros".

"A Brisa é um investimento de longo prazo para o consórcio e representa um sinal de confiança em Portugal e na economia portuguesa, num contexto de grande adversidade", diz ainda Ruisbroek, acrescentando que "o consórcio tem capital disponível para fazer o negócio crescer e espera investir mais de 1,2 mil milhões de euros, nos próximos 15 anos, na manutenção e melhoria da rede rodoviária e no desenvolvimento de novas soluções de mobilidade".

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Já António Pires de Lima, o novo CEO, garante na mesma nota que estará "focado na criação de oportunidades que venham acrescentar valor aos nossos stakeholders, incluindo o Estado Português e todos os nossos clientes, de acordo com as melhores práticas de ESG [Environment, Social and Governance]".

Frisando ser "uma honra e um desafio ser CEO da Brisa num momento difícil para a economia portuguesa e mundial", o novo presidente executivo afirma ainda o "entusiasmo" de começar a trabalhar "para ir ao encontro das mudanças que estão a acontecer na área da mobilidade, que vão levar à convergência dos transportes, energia e telecomunicações numa experiência única para os nossos clientes."

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Vasco de Mello, presidente do grupo José de Mello e agora "chairman" da Brisa, refere, citado no mesmo comunicado, que a "dimensão das três entidades que constituem o consórcio comprador, a visão de longo prazo que têm para os seus investimentos e a sua experiência acumulada no setor das infraestruturas permitirão à Brisa continuar os seus planos de crescimento e desenvolvimento".

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