Infraestruturas de Portugal com perdas de 12,3 milhões no semestre

A sociedade que resultou da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer melhorou os resultados líquidos face aos que as duas empresas juntas representavam há um ano. A dívida foi reduzida em 650 milhões de euros em resultado de operações de aumento de capital. 
António Ramalho Infraestruturas de Portugal
Bruno Simão
Maria João Babo 01 de Setembro de 2015 às 17:30

A Infraestruturas de Portugal (IP), sociedade que resultou da fusão entre a Estradas de Portugal (EP) e a Refer, registou até ao fim de Junho um resultado líquido negativo de 12,3 milhões de euros. Um valor que compara com as perdas de 52,9 milhões de euros que as duas empresas públicas, juntas, apresentaram há um ano.

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De acordo com a IP, no primeiro semestre deste ano, as receitas operacionais somaram 693 milhões de euros, mais 22% do que EP e Refer registaram no mesmo período de 2014.

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Para esse montante, a Contribuição do Serviço Rodoviário representaram 325,4 milhões de euros, mais 28% do que há um ano, enquanto as receitas de portagens aumentaram 7% de 119 para 127,2 milhões de euros.

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Por seu lado, os custos operacionais subiram 17% para 373,3 milhões de euros, o que a empresa explica "principalmente pelos gastos com a construção rodoviária do Túnel do Marão", na ordem dos 49,4 milhões de euros.

 

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Relativamente aos gastos com pessoal registaram uma diminuição de 1% para 63,2 milhões. O número de efectivos sofreu uma redução  de 135 pessoas, para 3.848.

 

O EBITDA da IP atingiu 319,7 milhões de euros, mais 71,5 milhões do que o que a EP e a Refer geraram nos primeiros seis meses de 3014.

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Os resultados antes de impostos foram positivos em 1,1 milhões de euros, salientando a IP que "o resultado líquido é negativo por efeito da limitação à dedutibilidade da totalidade dos encargos financeiros líquidos".

 

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Em termos de receitas de portagem, as antigas Scut contribuíram nos primeiros seis meses deste ano com mais 7%, atingindo os 111 milhões de euros, realçando a IP que no caso da concessão Algarve a subida da receita atingiu os 16%.

 

No caso das concessões do Estado a subida destas receitas das portagens foi de 9% para 38 milhões de euros e nas subconcessões foi registada uma subida de 30%, ainda que estas vias tenham gerado apenas 10 milhões de euros no semestre.

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Na ferrovia, a IP destaca o aumento ligeiro da utilização da rede, originado pelo aumento de 10% das mercadorias, compensado por uma redução do transporte de passageiros. Ainda assim, "apesar da evolução positiva na utilização, houve quebra nas receitas por efeito exclusivo da entrada em vigor do novo tarifário", salienta a empresa.

 

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No semestre a EP reduziu a dívida líquida em 650 milhões de euros em resultado de operações de aumento de capital, que foram da ordem dos 1.168 milhões de euros.   

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