Jerónimo Martins aumenta lucros em 74,5% com venda da Lipton

A Jerónimo Martins fechou o trimestre com lucros de 31,9 milhões de euros, um valor que superou as estimativas dos analistas e que fica a dever-se, em parte, ao ganho extraordinário obtido com a venda da parte do negócio do chá preparado da marca Lipton.
Paulo Moutinho 30 de Abril de 2008 às 07:46

A Jerónimo Martins fechou o trimestre com lucros de 31,9 milhões de euros, um valor que superou as estimativas dos analistas e que fica a dever-se, em parte, ao ganho extraordinário obtido com a venda da parte do negócio do chá preparado da marca Lipton. As vendas superaram os 1,5 mil milhões, com um forte crescimento na Biedronka.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Palha da Silva revela que "os resultados não recorrentes atingiram 9,6 milhões de euros e incluem, entre outros, ganhos associados à venda do negócio de ‘ready-to-drink’ e provisões relativas a um plano de incentivos relacionado com a antiguidade dos colaboradores".

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Estes ganhos permitiram à distribuidora atingir lucros de 31,9 milhões de euros (aumento de 74,5%) e superar as previsões dos analistas. Numa nota de investimento recente, o Caixa BI apontava para a que a empresa terminasse o exercício com resultados líquidos de para 30,9 milhões, um EBITDA de 81,3 milhões, com as receitas totais a atingirem os 1.442,8 milhões de euros.

O EBITDA consolidado cresceu 44,1% para 91,9 milhões de euros, ultrapassando o crescimento das vendas. A margem EBITDA atingiu 6,1% das vendas no primeiro trimestre deste ano (5,6% em igual período de 2007), uma evolução justificada com a "melhoria substancial na margem EBITDA da Biedronka em virtude de ganhos de escala obtidos e da sustentabilidade da margem do retalho em Portugal em consequência da sua forte posição competitiva".

As vendas consolidadas da Jerónimo Martins atingiram 1.504,9 milhões de euros, um crescimento de 32,4% em relação ao primeiro trimestre de 2007. "O forte desempenho de vendas é o resultado do notável crescimento registado pelo Pingo Doce (aumento de 14,8%) e pela Biedronka (aumento de 26,5%)", refere a Jerónimo Martins.

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Além disso, "mais um dia de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior, o efeito da Páscoa e alguma inflação alimentar terão também contribuído para este forte desempenho", salienta a distribuidora.

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