Maior accionista privado do Royal Mail é um "hedge fund"
O Reino Unido optou por vender 52,2% do capital do Royal Mail em bolsa, tendo ficado com 37,8% do capital dos correios britânicos, enquanto os restantes 10% ficaram nas mais dos trabalhadores.
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A operação foi considerada um sucesso, tendo a procura disparado e levado mesmo a que fosse revisto em alta o preço de venda das acções através da oferta pública de venda. Mas as críticas foram muitas, com alguns responsáveis da oposição a criticarem o valor de venda e a considerarem que os pequenos investidores foram prejudicados nesta operação de venda. E a procura destes investimentos foi elevada. O Governo recebeu 700.000 propostas de subscrição individuais para as acções, o que significa que a procura é sete vezes a oferta.
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As notícias hoje tornadas públicas vêm aumentar essa polémica. Isto porque o maior accionista privado do Royal Mail é um "hedge fund" (fundo de investimento de risco elevado). De acordo com o “Guardian”, o Children's Investment Fund ficou com 5,8% do capital dos correios britânicos.
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O jornal inglês salienta que este fundo é controlado por Chirs Hohn, que exerceu pressão para a venda do ABN Amro, que acabou por ser comprado pelo Royal Bank of Scotland (RBS). O “Guardian” apelida mesmo de “compra desastrosa”.
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As acções do Royal Mail seguem a valorizar 5,41% para 526 pence, esta quarta-feira, elevando para 59% o ganho face ao valor a que os correios foram privatizados, com a estreia em bolsa a correr no dia 11 de Outubro. Nas nove sessões bolsistas que decorreram desde então, as acções só caíram dois dias.
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Esta operação assume relevância para Portugal, numa altura em que o Governo português está a ponderar realizar uma operação semelhante com os CTT.
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O Executivo, liderado por Passos Coelho, anunciou a 10 de Outubro que tenciona vender até 70% dos CTT através de uma oferta pública de venda, reservando 5% do capital para os trabalhadores. A expectativa do Governo é que esta operação seja realizada até 6 de Dezembro.
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