PSD apresenta moção de censura ao executivo da Junta de Benfica em Lisboa devido à EMEL
A Câmara Municipal de Lisboa, liderada pelo socialista Fernando Medina, aprovou na passada quinta-feira, em reunião privada do executivo, a implementação de nove zonas de estacionamento de duração limitada em Benfica, com os votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, a abstenção do BE e os votos favoráveis do PS.
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Segundo a proposta, a EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa e a autarquia, "em sintonia com a junta", elaboraram um projeto de divisão da freguesia em dez zonas, sendo que, após o processo de consulta pública, que contou com 132 participações e um parecer da junta, a proposta de zonamento foi alterada para nove.
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Na moção de censura a ser apresentada em reunião da Assembleia de Freguesia de Benfica, na quinta-feira, o PSD defende que o parecer da presidente da junta, Inês Drummond (PS), foi "feito nas costas dos fregueses e dos seus representantes", viabilizando "a proposta agora aprovada das nove zonas da EMEL".
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O documento, assinado pelo primeiro eleito do PSD António Alvim, considera que a proposta aprovada na semana passada "é muito gravosa para os fregueses de Benfica e atentatória aos seus direitos e liberdades, pois de agora em diante terão que pagar para estacionarem quando vão ao Centro de Saúde, ao mercado ou até para se deslocarem da sua residência para o local onde apanham o transporte púbica para os seus empregos no centro da cidade".
Os sociais-democratas destacam que não são contra a EMEL, mas lamentam que Inês Drummond tenha abdicado "de qualquer contrapartida da EMEL, visando o aumento de estacionamento em Benfica".
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Neste sentido, os "eleitos do PSD apresentam esta moção de censura, exprimindo com a toda a veemência a sua indignação quer com estas práticas de ocultação, quer com o parecer dado, quer com a proposta aprovada", conclui a moção.
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Na rede social 'Facebook', alguns moradores de Benfica contra a entrada da EMEL na freguesia estão a mobilizar esforços para colarem cartazes nas imediações da junta e se manifestarem antes da reunião de quinta-feira.
Apesar da aprovação destas novas zonas, a EMEL deverá começar a operar apenas na zona envolvente do Fonte Nova, após uma consulta de bairro efetuada em janeiro junto dos moradores.
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Em maio deu entrada na Assembleia Municipal de Lisboa uma petição, com 1.978 subscrições, que rejeita a entrada da EMEL na freguesia.
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Esta assembleia também já apreciou uma petição, assinada por 245 cidadãos, que pedia estacionamento tarifado nas ruas limítrofes ao centro comercial Fonte Nova.
Em março, a presidente da junta de freguesia disse à Lusa "que há zonas onde não faz sentido a EMEL entrar", comprometendo-se a promover mais consultas de bairro, caso ache necessário.
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Na mesma altura, Inês Drummond afirmou que estimava que a EMEL começasse a operar na freguesia em abril, algo que ainda não aconteceu.
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