Tribunal adia processo do barco preso no Canal do Suez para dar tempo a um acordo
A decisão foi conhecida este domingo após um pedido das equipas jurídicas que representam os proprietários da embarcação Ever Given e a Autoridade do Canal do Suez para ser concedido mais tempo para as negociações que visam a resolução da sua disputa financeira. Os advogados das autoridades egípcias assumiram estar a analisar uma nova oferta dos proprietários do navio, embora não tenham revelado pormenores.
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Em causa está o montante exigido pela Autoridade do Canal do Suez como compensação pelo salvamento da embarcação, que encalhou a 23 de março, bloqueando aquele canal marítimo durante seis dias. A instituição começou por exigir 916 milhões de dólares para cobrir os custos da operação, da paragem de circulação e as taxas de trânsito perdidas, mas reduziu, entretanto, o pedido de indemnização para 550 milhões de dólares.
Desde que foi libertado, o navio com bandeira do Panamá, que transporta carga entre a Ásia e a Europa, foi ordenado pelas autoridades a permanecer num lago de retenção a meio do canal, enquanto os proprietários e a autoridade do canal tentam resolver o diferendo.
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O bloqueio de seis dias no Canal do Suez perturbou o transporte marítimo global e centenas de navios tiveram de esperar no local pelo desbloqueio da rota, enquanto outros foram forçados a seguir o caminho mais longo à volta do Cabo da Boa Esperança, na ponta sul de África.
Cerca de 10% do comércio mundial flui através do Canal do Suez, que é uma fonte essencial de divisas estrangeiras para o Egito. De acordo com os números oficiais, cerca de 19 mil embarcações passaram pelo canal em 2020.
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