China pede a França empenho para eliminação das taxas europeias sobre elétricos chineses

A França é considerada uma das principais defensoras da imposição de taxas sobre veículos elétricos chineses, que entraram em vigor a 30 de outubro e que preveem taxas adicionais até 35,3%.
BYD
Toya Sarno Jordan/Reuters
Lusa 04 de Novembro de 2024 às 09:12

O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, pediu esta segunda-feira à ministra do Comércio Externo francesa, Sophie Primas, que "desempenhe um papel ativo" para que as taxas impostas pela Comissão Europeia sobre veículos elétricos chineses sejam removidas.

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Wang pediu à ministra que "mostre sinceridade" e procure uma "solução intermédia" com Pequim, durante uma reunião no domingo na megalópole oriental de Xangai, onde a sétima Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) é inaugurada na terça-feira, segundo um despacho da agência noticiosa oficial Xinhua.

A investigação levada a cabo pelas autoridades europeias "afetou seriamente" a cooperação entre a União Europeia (UE) e o setor automóvel chinês, disse o ministro, que reiterou o seu apelo ao "diálogo e consulta" para resolver as fricções comerciais.

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Segundo a Xinhua, as equipas técnicas da UE e da China estão atualmente a realizar uma segunda ronda de consultas sobre as taxas alfandegárias aplicáveis sobre os automóveis elétricos oriundos da China.

Wang assegurou que as investigações anunciadas pela China em retaliação contra estas taxas - sobre brandy, produtos lácteos e carne de porco da UE - "cumprem as regras da Organização Mundial do Comércio", e reiterou a sua oferta à Comissão Europeia para "procurar uma solução a este respeito".

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De acordo com a Xinhua, Primas expressou a preocupação de Paris relativamente às investigações da China sobre o brandy e outros produtos, e garantiu que a França não quer que as tensões comerciais entre a China e a UE aumentem ainda mais.

A França é considerada uma das principais defensoras da imposição de taxas sobre veículos elétricos chineses, que entraram em vigor a 30 de outubro e que preveem taxas adicionais até 35,3%.

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