Regulador dos EUA processa Volkswagen e ex-CEO por "fraude massiva" no dieselgate
O regulador dos mercados americano, a Securities and Exchange Comission (SEC) processou a Volkswagen e o antigo CEO, Martin Winterkorn, na sequência do escândalo de fraude nas emissões de veículos a diesel que foi divulgado em 2015.
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De acordo com a SEC, entre 2007 e 2015, a Volkswagen foi responsável por uma "fraude massiva" ao vender títulos acionistas e meio milhão de automóveis alegadamente de "diesel limpo" que, afinal e deliberadamente, excediam em 40 vezes os limites de emissões estabelecidos nos Estados Unidos.
"A Volkswagen emitiu mais de 13 mil milhões em obrigações e instrumentos de dívida titularizados no mercado americano numa altura em que executivos seniores sabiam que mais de 500.000 veículos nos EUA excediam grosseiramente os limites legais para as emissões de veículos, expondo a empresa a perigos reputacionais e financeiros massivos".
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A fabricante automóvel alemã admitiu ter instalado tecnologia nos seus veículos que permitia passar nos testes de emissões sem respeitar as normas. Na sequência desta situação, a Volkswagen já pagou milhares de milhões em coimas impostas pelas autoridades alemãs e americanas.
A Volkswagen já reagiu afirmando que a acusação da SEC tem falhas "factuais e legais" e defendendo o antigo CEO: a SEC "simplesmente repete declarações não provadas acerca do antigo CEO da Volkswgen AG, o qual não interferiu no processo de vendas". Desta forma, a empresa alemã considera que o regulador americano está "a tentar extrair mais" depois das várias compensações já entregues.
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