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Indústria automóvel sofre impacto de 4,6 mil milhões com tarifas no primeiro semestre

Da Volkswagen à Stellantis e ainda passando pela Ford. Estas são apenas algumas das fabricantes automóveis que sofreram um impacto nas contas devido às tarifas comerciais de Donald Trump. Valor pode ser superior.

Alemã Volkswagen foi a mais impactada pelas tarifas.
Alemã Volkswagen foi a mais impactada pelas tarifas. Filip Singer/EPA
04 de Agosto de 2025 às 10:02

Os primeiros seis meses do ano foram o suficiente para as principais fabricantes automóvel sofrerem o impacto das tarifas impostas pelo presidente americano. O rombo terá, de acordo com o , ascendido a 4.635 milhões de euros, embora se estime que o valor real poderá ser superior.

Os principais fabricantes já foram apresentando as contas semestrais e apontaram o dedo às tarifas sobre a exportação para justificar o impacto nos lucros e receitas. Com os Estados Unidos da América (EUA) a serem um país cada vez mais importante para a indústria automóvel, sendo que, só em 2024, foram vendidos 15,9 milhões de carros ligeiros, com muitos a chegarem da União Europeia. 

O grupo Volkswagen, que detém marcas como Seat, Audi, Porsche e a própria Volkswagen, mostrou que as tarifas tiveram um nas contas semestrais, com as vendas a caírem 9,8% no bloco americano. 

Já a Stellantis, dona da Peugeot, Fiat, mas também Jeep, Chrysler e Dodge, evidenciou um custo de 300 milhões de euros só com as taxas comerciais. Embora este seja um valor mais baixo comparado com as restantes fabricantes, a Stellantis estima que as tarifas signifiquem um prejuízo de 1,5 mil milhões até ao fim do ano, uma vez que as vendas nos EUA caíram 26%.

A sueca Volvo sofreu perdas de 1.017 milhões de euros entre janeiro e junho. Esta perda deveu-se a atrasos nos lançamentos mas também às tarifas, que afetaram os modelos fabricados na Europa e que têm os EUA como destino final e os que são produzidos na China para chegar à Europa.

Entre as impactadas estão ainda a Mercedes-Benz, com quebras de 362 milhões de euros, a General Motors (Chevrolet, GMC e Cadillac) com perdas de 965 milhões de euros e a Ford com prejuízo de 691 milhões de euros. Estas duas últimas fabricantes, por produzirem maioritariamente veículos para o mercado americano, sofreram impactos pelo facto da produção estar no México, onde ainda não existe um acordo fechado.

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