Banco de Portugal mandou travar crédito do Finibanco em 2010
Em 2010, era Vitor Constâncio governador do Banco de Portugal (BdP), o supervisor da banca ordenou ao Finibanco que provisionasse a 100% os empréstimos dados à Domusvenda – uma empresa de crédito mal parado – ou que, em alternativa, os revertesse, o que acabou por acontecer. O objetivo era acautelar perdas futuras. E estava em causa um contrato de cessão de créditos registados por 146 milhões e que a Domusvenda estava a adquirir por apenas 17,704 milhões de euros, sendo a operação financiada em 99% pelo Finibanco.
PUB
A história é contada esta sexta-feira no jornal Público, que revela que o BdP concluiu, na avaliação que fez do negócio, que, na prática, o risco ficaria todo do lado do credor, o Finibanco, sem qualquer garantia associada e "sem uma análise de risco de suporte".
PUB
Esta ação do BdP, escreve o Público, contraria as declarações de Vítor Constâncio nas últimas semanas segundo as quais não é possível o supervisor obrigar os bancos a reverter empréstimos já concedidos. O enquadramento foi, neste caso, o empréstimo da Caixa a Berardo para aumentar a sua posição no BCP.
PUB
A propósito do caso Berardo, recorde-se, Vítor Constâncio garantiu que não esteve presente na reunião do conselho de administração do BdP que tomou a decisão de não oposição ao reforço de Joe Berardo no BCP em agosto de 2007. E garantiu ainda que só teve conhecimento das operações "a posteriori".
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais BdP Banco de Portugal Público Finibanco Vitor Constâncio Domusvenda Joe Berardo BCP economia negócios e finanças serviços financeiros bancaMais lidas
O Negócios recomenda