Bancos garantem que vão "acelerar" chegada de fundos às famílias e empresas

Os maiores bancos nacionais estiveram reunidos, na segunda-feira, com o Presidente da República, num encontro que serviu para Marcelo Rebelo de Sousa perceber qual a sua visão sobre o impacto da pandemia e reforçar o seu papel neste contexto.
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banqueiros paulo macedo miguel maya antonio ramalho forero Foto: David Cabral Santos/Cofina banca banqueiros António Ramalho Paulo Macedo Miguel Maya
Lusa e Rita Atalaia 07 de Abril de 2020 às 11:25

A banca assume o "compromisso inequívoco de apoiar a economia portuguesa" face à crise provocada pela pandemia e, além da agilização dos apoios públicos anunciados pelo Governo, vai apresentar soluções de financiamento "da sua própria iniciativa".

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Num comunicado conjunto emitido na sequência da reunião de segunda-feira com o Presidente da República, e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, o BPI, Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco e Santander assumem o "compromisso inequívoco de apoiar a economia portuguesa", afirmando-se "cientes de que a recuperação do tecido empresarial é essencial para o funcionamento da vida em sociedade e para o futuro e solidez dos próprios bancos, que para além da crise terão que continuar a servir a economia".

Neste contexto, garantem que, "respeitando todas as orientações da Direção-Geral da Saúde, vão permanecer com elevado número de sucursais abertas ao público, de forma a assegurar a agilização dos apoios públicos e privados e a garantirem a inclusão de todos os cidadãos".

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Sem prescindir "do necessário rigor", nem "por em causa os interesses e a segurança dos depositantes", os bancos comprometem-se ainda a implementar moratórias e acelerar a chegada de fundos no âmbito dos apoios públicos às famílias e às empresas.

Paralelamente, e "além dos apoios públicos, os bancos estão e vão continuar a apresentar soluções de financiamento da sua própria iniciativa, cujo desenho e disponibilidade terão em consideração a evolução da pandemia e as suas implicações nas diversas atividades económicas".

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No comunicado, a banca assume o "forte compromisso" em colaborar "com o Presidente da República, com o Governo e com as instituições relevantes na frente económica na procura e na implementação das soluções mais adequadas para apoiar os cidadãos portugueses e os que residem em Portugal neste momento tão difícil que o país atravessa".

Os presidentes dos cinco maiores bancos nacionais estiveram ontem reunidos com o Presidente da República. A reunião, por videoconferência, serviu para Marcelo Rebelo de Sousa perceber como é que os banqueiros veem o impacto e a duração desta crise, mas também que avaliação fazem das medidas adotadas pelo Governo, nomeadamente as moratórias no crédito e as linhas de crédito criadas para ajudar as empresas mais penalizadas pela crise provocada pela pandemia, e pedir-lhes que assumam um papel decisivo nesta crise, ajudando as empresas e famílias de forma rápida e robusta.

Após este encontro, o Presidente disse ter ficado com "a sensação de que a banca portuguesa está a acompanhar de forma muito atenta a realidade do nosso país" e que a "situação da banca pode merecer a confiança dos portugueses relativamente ao seu empenho nas medidas a cumprir". Estas incluem moratórias no crédito, mas também linhas de crédito para apoiar as empresas mais penalizadas pela pandemia. 

Depois de ouvir os responsáveis pelos maiores bancos nacionais, o Presidente vai receber esta terça-feira

Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), e Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, "para ter a visão da entidade que supervisiona o sistema bancário português".

Numa entrevista à Reuters, Faria de Oliveira garantiu que "o setor bancário nacional, em articulação com as autoridades, está absolutamente empenhado em dar o seu máximo apoio à economia portuguesa", desde que não ponha em causa a estabilidade financeira. 

"Os bancos estão hoje mais capitalizados...e com melhores níveis de rentabilidade, ainda que a rentabilidade permaneça abaixo do custo de capital", disse ainda, referindo que "só um setor rentável, capaz de gerar retorno para o acionista, consegue atrair capital, condição essencial para que os bancos possam operar".

(Notícia atualizada.)

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Após este encontro, o Presidente disse ter ficado com "a sensação de que a banca portuguesa está a acompanhar de forma muito atenta a realidade do nosso país" e que a "situação da banca pode merecer a confiança dos portugueses relativamente ao seu empenho nas medidas a cumprir". Estas incluem moratórias no crédito, mas também linhas de crédito para apoiar as empresas mais penalizadas pela pandemia. 

Depois de ouvir os responsáveis pelos maiores bancos nacionais, o Presidente vai receber esta terça-feira

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Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), e Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, "para ter a visão da entidade que supervisiona o sistema bancário português".

Numa entrevista à Reuters, Faria de Oliveira garantiu que "o setor bancário nacional, em articulação com as autoridades, está absolutamente empenhado em dar o seu máximo apoio à economia portuguesa", desde que não ponha em causa a estabilidade financeira. 

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"Os bancos estão hoje mais capitalizados...e com melhores níveis de rentabilidade, ainda que a rentabilidade permaneça abaixo do custo de capital", disse ainda, referindo que "só um setor rentável, capaz de gerar retorno para o acionista, consegue atrair capital, condição essencial para que os bancos possam operar".

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