BPN Brasil vendido por 13 milhões
A Parparticipadas assinou esta segunda-feira o acordo para venda dos 93,65% que detém na dona do BPN Brasil, a BPN Participações Brasil, à Crefipar Participações e Empreendimentos, por 13,03 milhões de euros.
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A informação foi dada pela empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta segunda-feira, 6 de Fevereiro.
O valor da alienação - que está dependente da aprovação do regulador brasileiro, o Banco Central do Brasil, que já anteriormente havia chumbado a venda do banco ao BIC - tem como referência o valor dos capitais próprios na data da concretização da operação a que acresce um ágio (valor adicional) de 2 milhões de euros.
A transacção poderá assim ocorrer por um valor de 13,03 milhões de euros, já que o valor de referência dos capitais próprios apresentado pela Parparticipadas - relativo a de 30 de Novembro de 2016 - é de 11,03 milhões de euros.
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"Com esta transação, dá-se continuidade ao processo de venda das participações sociais que foram transferidas do Banco Português de Negócios, S.A. para o Estado em fevereiro de 2012," refere o comunicado.
A operação acontece cerca de um ano depois de ter falhado uma outra tentativa de venda da sociedade, desta vez ao banco BIC (que comprou em Portugal o retalho do BPN). O negócio não se concretizou na altura devido a falta de autorização do Banco Central do Brasil, tendo a venda sido relançada em Julho passado.
Na altura em que anunciou a assinatura do contrato de venda ao BIC, em Setembro de 2013, o valor avançado era próximo dos 11 milhões de euros à cotação actual (36,99 milhões de reais), semelhante ao valor dos capitais próprios agora referido. Mas o comunicado na altura não dava conta do ágio que agora é mencionado. A Parparticipadas é uma das três sociedades públicas (as outras duas são a Parups e a Parvalorem) que ficaran com activos do BPN não alienado aquando da venda do banco ao BIC.
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A Parparticipadas é uma das três sociedades públicas (as outras duas são a Parups e a Parvalorem) que ficaran com activos do BPN não alienado aquando da venda do banco ao BIC.
Quem é a Crefipar
A Crefipar Participações e Empreendimentos foi fundada em 1972 e tem sede em São Paulo, Brasil. Segundo o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, trata-se de uma holding de instituições não financeiras.
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De acordo com a edição de Março de 2016 da IstoÉDinheiro, a Crefipar é a holding que concentra os negócios do empresário José Roberto Lamacchia e da sua mulher Leila Mejdalani Pereira, entre os quais a empresa de crédito pessoal Crefisa que concede "empréstimos a aposentados, pensionistas e servidores públicos". Esta Crefisa era, em Setembro de 2015 e segundo o jornal Valor Económico, a nona maior instituição financeira do Brasil em termos de lucros - contabilizado o primeiro semestre daquele ano. Com 51 anos de existência, tem mais de mil pontos de atendimento espalhados naquele país. Segundo a Câmara Municipal de São Paulo o casal fundou ainda a FAM - Faculdade das Américas. Lamacchia e Leila Pereira são ambos actualmente candidatos ao Conselho Deliberativo do clube de futebol Palmeiras (de que a Crefisa é o maior patrocinador), cuja eleição se realiza no próximo dia 11.
Esta Crefisa era, em Setembro de 2015 e segundo o jornal Valor Económico, a nona maior instituição financeira do Brasil em termos de lucros - contabilizado o primeiro semestre daquele ano. Com 51 anos de existência, tem mais de mil pontos de atendimento espalhados naquele país.
Segundo a Câmara Municipal de São Paulo o casal fundou ainda a FAM - Faculdade das Américas. Lamacchia e Leila Pereira são ambos actualmente candidatos ao Conselho Deliberativo do clube de futebol Palmeiras (de que a Crefisa é o maior patrocinador), cuja eleição se realiza no próximo dia 11.
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