Caixa Geral de Depósitos apresenta queda residual do lucro para 393 milhões até março
A Caixa Geral de Depósitos teve um lucro de 393 milhões de euros no primeiro trimestre. O valor representa uma descida de 0,5% face ao resultado obtido no período homólogo.
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"A nossa perspetiva continua a ser positiva e de ter um resultado expressivo em 2025", afirmou o presidente da comissão executiva do banco público na apresentação dos números.
A margem financeira - que foi a principal alavanca dos resultados dos bancos em 2024 - já começou a refletir os cortes dos juros do Banco Central Europeu: desceu de 716 milhões em março de 2024 para 636 milhões no mesmo mês deste ano.
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O encaixe com comissões aumentou, mas não o suficiente para compensar a redução da margem: cresceu 5 milhões de euros, alcançando 147 milhões. O banco sublinha que este é o terceiro ano consecutivo no qual não aumenta o preçário das comissões.
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O volume de crédito, por outro lado, subiu cerca de 1,3 mil milhões de euros, atingindo 48,88 mil milhões de euros. O crescimento foi composto por 801 milhões no segmento de empresas e 415 milhões na habitação. O crédito a empresas representou mais 47 milhões de euros. Estes são os valores em Portugal.
A evolução no crédito à habitação foi impulsionada pelo segmento "jovem", que beneficia da garantia do Estado como apoio à compra de casa por pessoas com idades até aos 35 anos. Este segmento vale 61% do crescimento nestes empréstimos.
O malparado voltou a cair. O rácio de "Non-Performing Loans" (NPL) está nos 1,93%, abaixo dos 2,35% verificados há um ano.
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O volume de depósitos teve uma expansão significativa, de 70,6 para 76,3 mil milhões de euros.
Nos primeiros três meses do ano, as entregas ao Estado atingiram 244 milhões de euros. O valor inclui 15 milhões de custos regulamentares, 176 milhões em impostos e 34 milhões nas contribuições específicas do setor bancário.
Em termos de rácios de capital, a CGD contabiliza um "Common Equity Tier 1" (CET 1) de 20,74%. É mais do dobro do requisito de 8,87%. O rácio de capital total está ligeiramente acima, nos 20,95%. A exigência regulatória é de 13,2%. Os valores já incluem o pagamento de dividendos, que neste ano - relativo apo exercício de 2024 - é de 850 milhões de euros.
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