Delator do Deutsche Bank abdica de recompensa milionária
Eric Ben-Artzi, ex-funcionário do gabinete de risco do Deutsche Bank, é o nome de um dos dois delatores que denunciaram a alegada falsa contabilização do volume de produtos derivados detidos pelo banco alemão no auge da crise financeira, em 2008. Agora, renunciou a um prémio milionário de 8,25 milhões de dólares.
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A Comissão de Valores Mobiliários alemã pretendia recompensar Ben-Artzi e Matt Simpson, antigo "trader" daquele banco, por ambos terem denunciado as más práticas da instituição germânica, com um prémio total de 16,5 milhões de dólares, 8,25 milhões para cada.
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No entanto, Ben-Artzi, noticia o Financial Times, rejeitou receber a recompensa em protesto pelo facto de o regulador alemão dos mercados não ter punido os gestores do Deutsche Bank por práticas fraudulentas.
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Foram as denúncias destes dois delatores que permitiram ao regulador germânico aplicar, no ano passado, uma coima de 55 milhões de dólares ao Deutsche Bank. O regulador conclui que o banco alemão havia avaliado indevidamente o volume detido em produtos derivados.
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Ben-Artzi sustenta esta rejeição com o facto de considerar que a coima aplicada ao banco alemão devia ser paga pelos executivos da instituição e não pelos accionistas da maior entidade financeira germânica.
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