Lucro do Finantia dispara quase 150% em 2024. Dá 18 milhões aos acionistas

O Banco Finantia alcançou um lucro de 25,3 milhões de euros em 2024. O resultado representa um crescimento de 143% face aos 10,4 milhões registados no ano anterior, avançou a instituição em comunicado.

Os acionistas aprovaram já as contas assim como a remuneração. “Reunidos em Assembleia Geral, os acionistas aprovaram o Relatório e Contas por unanimidade, o qual prevê a distribuição de um dividendo de 12 cêntimos por ação. O Banco tem 150 milhões de ações com o valor nominal de 1 euro”, esclarece. São 18 milhões de euros de remuneração.

No ano passado o encaixe com a margem financeira ainda subiu apesar da redução dos juros do Banco Central Europeu (BCE). Aumentou para 46,3 milhões de euros (45,9 milhões do ano anterior).

O produto bancário disparou 60% para 65,5 milhões de euros.

Os depósitos de clientes aumentaram 19%, impulsionados pela área de “private banking”.

O rácio de crédito malparado (medido através do “Non-Productive Exposures” ou NPE) caiu para menos de metade face a 2023: reduziu de 2,8% para 1,2%.

As imparidades e provisões fixaram-se em 3.2 milhões de euros, 1 milhão abaixo do valor reportado em 2023.

Os ativos aumentaram 13% para aproximadamente 2,5 mil milhões de euros, “tendo a carteira de obrigações e empréstimos alcançado o montante de 2,2 mil milhões, um aumento de 15% relativamente ao final de 2023”.

O rácio "Common Equity Tier 1" (CET1) e o rácio de capital total atingiram 22.7%.

O acionista principal do Finantia é a Finantipar, do antigo presidente António Guerreiro. Existem ainda outras quatro participações relevantes: Arendelle S.A., Natixis (França), Erste Abwicklingsanstalt (Alemanha) e Surfolk S.L. (Espanha).

No passado o Finantia teve um acionista russo que saiu na sequência da invasão russa da Ucrânia.