PSD levanta dúvidas sobre relatório do PS sobre Elisa Ferreira

A votação dos relatórios da comissão de Orçamento sobre os novos membros da administração do Banco de Portugal foi adiada. O PSD afirma ter dúvidas sobre a "independência no desempenho de funções face ao Governo".
Miguel Baltazar
Lusa 14 de Julho de 2017 às 17:25

Os deputados da comissão de orçamento e finanças adiaram esta sexta-feira, 14 de Julho, as votações do relatório da audição de Elisa Ferreira, nomeada como vice-governadora do Banco de Portugal (BdP).

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Inicialmente, o adiamento da votação do relatório de Elisa Ferreira foi pedido pelo PSD, depois de Leitão Amaro ter manifestado dúvidas quanto a alguns pontos do relatório elaborado pelo socialista João Galamba.

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Já em declarações à Lusa, Leitão Amaro disse que as "recentes declarações públicas" de Elisa Ferreira, que actualmente é administradora do Banco de Portugal, e outras posições desta permitem ter dúvidas sobre a sua "independência no desempenho de funções face ao Governo".

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Contudo, após o debate, foi também decidido adiar as votações dos relatórios das audições de Luís Máximo dos Santos, também proposto para o cargo de vice-governador do Banco de Portugal, e de Luís Laginha de Sousa, no âmbito da proposta de designação para o Conselho de Administração do Banco de Portugal.

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As votações deverão acontecer na próxima semana.

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Falta estabilizar Montepio

 

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Em Junho, quando esteve no Parlamento, Elisa Ferreira, responsável pela supervisão bancária no BdP, realçou que durante o último ano houve um reforço do sistema bancário, nomeadamente em entidades como a CGD, BCP e BPI, faltando vender o Novo Banco e estabilizar o Montepio.

 

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"Falta estabilizar um banco, que não é sistémico mas é prioritário, que é a Caixa Económica Montepio Geral", afirmou Elisa Ferreira durante a audição no Parlamento no âmbito da sua promoção a vice-governadora do banco central português.

 

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A responsável também sublinhou que "falta terminar a venda" do Novo Banco, mostrando-se confiante na conclusão do processo.

 

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De resto, Elisa Ferreira disse aos deputados que integram a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) que, actualmente, "a grande diferença entre a banca portuguesa e a banca europeia são os activos não produtivos [NPL]", que levam à necessidade de reconhecimento de elevadas imparidades, o que explica a diferença de rentabilidade face aos congéneres europeus.

 

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"Daí a importância de ajudarmos a banca a fazer a limpeza desses activos. O problema é dos accionistas, mas cabe-nos apoiar os bancos nesse processo", destacou.

 

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