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Acionistas do Sabadell aprovam venda de britânico TSB ao Santander por 3.050 milhões

O TSB, especializado no mercado hipotecário no Reino Unido, foi adquirido pelo Sabadell em 2015 por 1,7 mil milhões de libras (1,95 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

O CEO do Sabadell, Cesar Gonzalez-Bueno, discursa durante a assembleia geral extraordinária.
O CEO do Sabadell, Cesar Gonzalez-Bueno, discursa durante a assembleia geral extraordinária. Quique Garcia / EPA
06 de Agosto de 2025 às 14:21

Os acionistas do banco Sabadell aprovaram esta quarta-feira, em assembleia-geral extraordinária, a venda da sua filial britânica, TSB, ao Santander por 2,65 mil milhões de libras (3,05 mil milhões de euros).

A venda do TSB teria de ser aprovada pelos acionistas, uma vez que ocorre durante o processo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo BBVA sobre o banco catalão.

O TSB, especializado no mercado hipotecário no Reino Unido, foi adquirido pelo Sabadell em 2015 por 1,7 mil milhões de libras (1,95 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

Numa segunda assembleia-geral extraordinária, os acionistas aprovaram ainda a distribuição de um dividendo extraordinário de 0,5 euros por ação associado à aprovação da transação, e no valor geral de 2.500 milhões de euros.

Citado pela agência noticiosa Efe, o presidente do Sabadell, Josep Oliu, assegurou que a venda do TSB ao Santander "é independente da OPA" do BBVA.

No encontro, Oliu disse que o Sabadell recebeu várias manifestações de interesse pelo TSB desde 2021, mas o banco nunca as contemplou porque a sua direção considerou que era possível obter um valor mais elevado.

Após propostas "em termos económicas muito interessantes", o Conselho de Administração aceitou uma proposta que gera um retorno de cerca de 1,5 vezes o valor contabilístico do TSB, acima do estimado para outras instituições centradas no Reino Unido.

Oliu referiu que, com esta operação, o banco pode devolver aos acionistas o excesso de capital gerado através de dividendos.

Com esta venda, o banco catalão pode centrar-se na atividade em Espanha e largar o Reino Unido, o que representa uma redução da complexidade regulamentar, uma vez que tinha de obedecer a critérios regulamentares europeus e britânicos desde o 'Brexit'.

O executivo espanhol anunciou em 24 de junho que autoriza a OPA do BBVA sobre o Sabadell se os dois bancos mantiverem durante três anos personalidades jurídicas, patrimónios e gestões separados.

A compra do catalão Sabadell pelo banco basco BBVA, através de uma OPA hostil, foi autorizada pela autoridade da concorrência de Espanha no final de abril, mas o Governo espanhol podia invocar ainda princípios de "interesse geral" e intervir no processo, impondo mais condições para a concretização da operação, o que ocorreu em 24 de junho.

Nunca o Governo espanhol tinha avançado com uma decisão destas face a uma OPA.

O Sabadell opõe-se à OPA e também o Governo de Espanha e o Governo regional da Catalunha têm manifestado reticências em relação à fusão dos dois bancos espanhóis.

Além de partidos políticos e governos, a OPA foi criticada por cerca de 70 associações empresariais e sindicatos.

O BBVA lançou a OPA há um ano.

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