O Bankinter, o quinto maior banco de Espanha em termos de ativos, está a considerar expandir a novos mercados na Europa, incluindo através de aquisições, com o objetivo de quase duplicar o peso das suas receitas internacionais no espaço de aproximadamente uma década.

O crescimento pode ser orgânico ou através de negócios "dentro da Zona Euro e de tamanho controlável", afirmou a CEO do Bankinter, Gloria Ortiz, em entrevista à Bloomberg.

Com as receitas fora de "casa" previstas para até 18% até 2026, Gloria Ortiz indicou que o plano passa por impulsionar o seu peso para 20% até 2029 e eventualmente para 33% nos próximos cinco a dez anos.

O banco, com sede em Madrid, tem presença em Portugal, Irlanda e Luxemburgo. 

Ortiz garantiu que não há nenhuma abordagem em curso, mas que um eventual acordo seria semelhante ao que foi fechado em Portugal, em 2015, quando comprou o retalho do Barclays Plc, por aproximadamente 86 milhões de euros.

O interesse da líder do Bankinter em potenciais aquisições contribui para o frenesim que vive a banca europeia, com uma série de propostas de fusões e aquisições. Enquanto o BBVA procura ficar com o Sabadell em Espanha, o italiano  UniCredit, que está na corrida pelo alemão Commerzbank e pelo também italiano banco BPM,  duplicou a sua participação no banco grego Alpha para cerca de 20%, havendo ainda negociações envolvendo, por exemplo, a Banca Monte dei Paschi di Siena. Já em Portugal acabou de ser fechado o acordo para a venda de 100% do Novo Banco, pelo fundo norte-americano Lone Star ao Groupe BPCE, o segundo maior do setor financeiro francês, por 6,4 mil milhões de euros.