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Caixa deverá fechar este ano com prejuízos de 3 mil milhões

A previsão está no plano estratégico que a administração de António Domingues apresentou às direcções internas da Caixa, que assume as perdas este ano para libertar os próximos.  

Antonio domingues  cgd caixa
Antonio domingues cgd caixa Miguel Baltazar
Negócios 03 de Dezembro de 2016 às 11:06

O plano estratégico para a Caixa Geral de Depósitos que foi elaborado por António Domingues antecipa que o banco púbico chegará ao final do ano com prejuízos entre 2 e 3 mil milhões de euros.

Segundo o Expresso, que cita o plano que Domingues apresentou às direcções internas da Caixa, o objectivo passa por assumir as perdas este ano para libertar os próximos. O plano foi acordado com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, sendo que a nova administração tem margem para mudar medidas, mas não o seu sentido, pois o plano contempla a capitalização do banco.

A confirmarem-se os prejuízos desta dimensão, serão os segundos mais elevados de sempre apresentados por uma instituição financeira, só abaixo dos 3,57 mil milhões de euros registados pelo BES.

A grande fatia dos prejuízos terá que ser contabilizada no último trimestre, já que a CGD reportou um resultado líquido negativo de 189,3 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, contra 3,4 milhões positivos no período homólogo do ano passado e perdas de 205,2 milhões no primeiro semestre deste ano.

Apesar de parte da capitalização da Caixa ter ficado adiada para 2017, a conversão do Cocos injectados pelo Estado e a incorporação da ParCaixa avançam já este ano, precisamente para acomodar os prejuízos.

Os prejuízos que a Caixa irá registar este ano servirão para limpar o balanço, contabilizando as imparidades relacionadas com créditos que têm baixas probabilidades de serem pagas.  Segundo o Expresso, o plano estratégico prevê lucros em todos os anos para o período 2017/2020, com um máximo de 670 milhões de euros no próximo ano.

Quanto ao quadro de pessoal, o plano prevê a saída de 2.240 pessoas entre 2017 e 2020, depois de já terem saído do banco 460 trabalhadores este ano. Os custos devem descer 4,5% ao ano.

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