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Caixa Geral de Depósitos com novo lucro recorde: 1,7 mil milhões em 2024

O banco público atingiu um resultado líquido histórico em 2024, elevando ainda mais o recorde atingido no ano anterior. Vai entregar ao Estado 850 milhões de euros em dividendos.

Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos
Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos Pedro Ferreira
27 de Fevereiro de 2025 às 16:46

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou um lucro de 1,74 mil milhões de euros em 2024. É um máximo histórico que eleva em 34% os 1,29 mil milhões obtidos em 2023.

"Um forte crescimento do volume de negócios", esclareceu o CEO do banco público. Na apresentação dos resultados, Paulo Macedo vincou também um "forte crescimento no crédito".

O banco público vai entregar ao Estado 850 milhões de euros em dividendos relativos ao ano passado. O valor soma-se aos 2,5 mil milhões entregues desde a recapitalização, e desta forma já excedem a injeção pública em dinheiro feita em 2017.

No ano passado a Caixa entregou ao Estado um total de 1,7 mil milhões de euros: 825 milhões em dividendos, 840 milhões em IRC e 44 milhões em custos regulatórios.

Desde 2018, a Caixa já entregou aos cofres públicos um total de 4,3 mil milhões de euros, entre dividendos e impostos.

A margem financeira, que desde 2023 foi o grande motor de crescimento dos resultados da Caixa – e do restante setor bancário – teve uma queda ligeira, passando de 2,87 mil milhões para 2,78 mil milhões de euros. A diminuição reflete a baixa das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) desde meados do ano passado.

As comissões seguiram em sentido inverso: uma subida residual, de 565 para 581 milhões de euros.

Paulo Macedo explicou que o facto de o resultado ter aumentado apesar da redução da margem tem como explicação um conjunto de fatores. "Temos mais volume de crédito, o que compensou esta descida", explicou o presidente da comissão executiva do banco público. As operações financeiras, a "contenção nos custos de estrutura" e a redução das imparidades em operações de crédito também contribuíram.

O volume de negócios consolidado atingiu 165 mil milhões de euros, após ter crescido 6%. Em Portugal o aumento foi de 5%, alcançando 146 mil milhões de euros. 

A carteira de crédito da CGD atingiu 47,6 mil milhões de euros em 2024, após um crescimento de 2,3 mil milhões face ao ano anterior. O aumento teve o contributo de todos os segmentos, com o crédito à habitação a aumentar mil milhões de euros - mais 3,9% - atingindo 25,5 mil milhões. O crédito ao consumo subiu 8,5%. O volume de empréstimos a empresas teve uma evolução positiva de 6,2%.

O volume de depósitos em Portugal subiu 7,5%, de 70 mil milhões para 75 mil milhões de euros. Deste valor, 79% é de particulares e 17% pertence a empresas, sendo os restantes 4% depósitos de institucionais.  

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