A Caixageste, gestora de fundos mobiliários da Caixa Geral de Depósitos (CGD), e o CaixaBI, banco de investimento do grupo, são acusados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de manipulação do mercado, por violação dolosa do dever de não utilização de informação privilegiada.  

Estas acusações terão levado o regulador do mercado a apresentar participações, em 2012, ao Ministério Público.

Agora o grupo CGD contesta, judicialmente, as acusações.

Segundo o mesmo jornal, as autoridades consideram que as duas empresas não respeitaram a sua obrigação de defender o mercado em vários períodos de 2010. O “Público” adianta que um dos processos está relacionado com a transmissão de três ordens de compra de acções da Soares da Costa para fundos da Caixagest. Mas o supervisor considera que esta entidade não terá cumprido a sua obrigação de defesa de mercado por diversas vezes e com várias cotadas: Finibanco, Cofina, Martifer, Impresa e Sonae Capital.

As denúncias, por parte do regulador, foram feitas no final de 2011, altura em que as autoridades se deslocaram às instalações da CGD onde terão apreendido computadores e DVD.

Os assessor jurídicos da CGD aconselharam a empresa a tentar persuadir a CMVM de que nem a Caixageste , nem o CaixaBI, nem os seus executivos, aprovaram os comportamentos individuais assumidos por alguns colaboradores. E recomendam que convençam o regulador de que os administradores censuraram e continuam a censurar tais comportamentos.