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Consequências da insolvência de empresa de Vale e Azevedo "são muito pouco significativas"

A advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, diz ao Negócios que não há trabalhadores afectados pela sentença de insolvência, já que a empresa Vale e Azevedo Capital encerrou os escritórios há quase oito anos.

Simão Filho/Record
27 de Outubro de 2016 às 10:41

As consequências da insolvência da empresa Vale e Azevedo Capital Consultadoria e Gestão Empresarial serão diminutas, segundo a advogada do antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica.

"À presente data, as consequências são muito pouco significativas", responde ao Negócios Luísa Cruz depois de ter sido questionada sobre a sentença publicada no Citius na semana passada.

Conforme o Negócios noticiou a 22 de Outubro, "na Comarca de Lisboa, Lisboa - Inst. Central - 1ª Sec.Comércio - J5 de Lisboa, no dia 19-10-2016, às 13h45m, foi proferida sentença de declaração de insolvência da devedora: ‘Vale e Azevedo Capital Consultadoria e Gestão Empresarial, SA’". 

Apesar da consideração da advogada de João Vale e Azevedo, não há ainda uma lista de credores nem do montante total em dívida pela empresa de consultoria. Só agora foi nomeado o administrador que ficará responsável pelo processo. Certo é que, na sua óptica, os créditos "são reduzidos". A empresa de consultoria tem como credores Álvaro Vale e Azevedo, que chegou a ser seu presidente, e a Autoridade Tributária e Aduaneira. A reclamação de créditos iniciou-se a 20 de Outubro podendo ser feita 30 dias a contar a partir dessa data.

Segundo Luísa Cruz, a empresa já está sem actividade há muito tempo, o que justifica o impacto que diz ser residual. "A Vale e Azevedo Capital SA encerrou os seus escritórios no primeiro trimestre de 2009, há quase oito anos, quando a sua casa-mãe em Londres e principal accionista (V&A Capital Ltd; 99.9%) entrou em liquidação. Desde então a actividade da empresa foi quase nula, tendo, logo nessa altura, deixado de ter trabalhadores ao seu serviço", responde a advogada.

Segundo avançou o Correio da Manhã em Junho passado, foi o irmão, Álvaro Vale e Azevedo, que fez o pedido de insolvência. Na altura, e ao jornal, a advogada, Luísa Cruz, disse que a empresa tinha sido vendida a uma empresa inglesa, não identificada, que estava em insolvência.

Em 2009, foi noticiado que o antigo presidente do Benfica penhorou bens daquela sua empresa de consultoria. É desse ano a penúltima entrada no Portal de Justiça em que consta a designação de Luísa Cruz e de António Vale e Azevedo como administradores da empresa. Depois, só há uma entrada de 2014 para a actualização da sede e freguesia. No final de 2013, Vale e Azevedo já tinha sido declarado insolvente pelo Tribunal do Comércio de Lisboa Noroeste.  

 

Presidente do Benfica entre 1997 e 2000, Vale e Azevedo saiu, este ano, da prisão em liberdade condicional onde estava por ter sido condenado por peculato, branqueamento de capitais, abuso de confiança e falsificação de documento.

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