Governo e Fundo de Resolução vão vender posições que detêm no Novo Banco ao BPCE
BPCE fechou acordo com o Lone Star, estando a negociar a compra das posições do Estado e do Fundo de Resolução. O Governo revela que vai vender a participação no Novo Banco e o Fundo de Resolução também.
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O Lone Star chegou a acordo para vender o Novo Banco ao BPCE, numa operação avaliada em 6,4 mil milhões de euros pelos 100%. O fundo norte-americano vende 75%, estando o BPCE a negociar com os outros dois acionistas. O Estado é um deles, sendo que o Governo revela já que vai vender. Também esta manhã, o Fundo de Resolução anunciou igualmente que irá alienar a sua participação.
"Foi hoje tornado público que o Lone Star aceitou uma oferta de venda dos 75% que detém no Novo Banco ao BPCE", o segundo maior banco francês e um dos maiores da Europa, refere o comunicado do Ministério das Finanças.
"O Governo português vai acompanhar a venda da Lone Star, alienando a posição que o Ministério das Finanças controla diretamente", revela o Executivo.
O Estado foi rápido a tomar a decisão de alienar a participação detida através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, de pouco mais de 11%. Por esta posição receberá 733 milhões de euros.
O Fundo de Resolução (FdR), entretanto, também já confirmou que vai vender a sua participação de 13,54%, estimando um encaixe bruto de "cerca de 866 milhões de euros", refere a entidade em comunicado.
Este valor "irá acrescer às verbas já recebidas do Novo Banco a título de distribuição de dividendos relativos aos resultados de 2024 (valor bruto: 30 milhões de euros) e no âmbito da redução de capital realizada já em 2025 (149 milhões de euros)", assinala.
Os perto de mil milhões de euros permitem "recuperar uma parte das verbas despendidas pelo Fundo de Resolução na resolução do Banco Espírito Santo, S.A., e serão utilizados no reembolso da dívida do Fundo de Resolução, nomeadamente perante o Estado".
"A venda do Novo Banco ao Grupo BPCE é o corolário de um longo processo iniciado com a resolução do Banco Espírito Santo, em 2014, que confirma o cumprimento das finalidades da atuação das autoridades nacionais face à falência desse banco, em especial a continuidade dos serviços financeiros prestados à economia e a plena salvaguarda da estabilidade financeira, em termos que minimizassem o impacto para o erário público", conclui o comunicado.
(Notícia atualizada às 11h22 com mais informação)
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